O Departamento de Defesa dos EUA apresentou seu mais novo avião de bombardeio, o B-21 Raider, em 2 de dezembro de 2022, em Palmdale, Califórnia. Como o primeiro bombardeiro estratégico em mais de três décadas, o B-21 da Força Aérea dos EUA servirá como a espinha dorsal da força bombardeira dos EUA, disse o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd J. Austin III.
Espera-se que o B-21 Raider sirva dentro de uma família maior de sistemas para ataques convencionais de longo alcance, incluindo inteligência, vigilância e reconhecimento; ataque eletrônico; comunicação; e outras capacidades. Tem capacidade nuclear e está projetado para acomodar operações tripuladas ou não tripuladas. Além disso, será capaz de empregar uma ampla mistura de munições de impasse e ataque direto.
Embora não se espere que o B-21 esteja operacional e entre em serviço por vários anos mais, a aeronave de última geração substituirá gradualmente os antigos bombardeiros B-1 Lancer e B-2 Spirit agora em serviço.

“O B-21 parece imponente”, declarou Austin. “Mas o que está sob a estrutura e os revestimentos da era espacial é ainda mais impressionante.”
O alcance do B-21, segundo Austin, não tem comparação com qualquer outro bombardeiro.
“Não precisará estar baseado no teatro de operações, não precisará de apoio logístico para manter qualquer alvo em risco”, disse o secretário.
Assim como o B-2 Spirit, o B-21 Raider é uma aeronave invisível ao radar. Será difícil que os adversários vejam que está se aproximando, afirmou Austin.
“Cinquenta anos de avanços em tecnologia de baixa visibilidade foram usados nesta aeronave”, disse. “Mesmo os sistemas de defesa aérea mais sofisticados terão dificuldade para detectar um B-21 no céu.”
Austin também disse que o B-21 Raider foi projetado para ser de fácil manutenção, o que ajudará a garantir que a aeronave esteja sempre pronta para ir quando for necessário.
“Nós realmente não temos uma capacidade, a menos que possamos mantê-la”, declarou. “O B-21 foi cuidadosamente projetado para ser o bombardeiro mais fácil de manter jamais construído.”
Como um bombardeiro furtivo de ataque penetrante de dupla capacidade, o B-21 Raider é capaz de fornecer munições convencionais e nucleares. Ele será capaz de apoiar forças conjuntas e de coalizão em todo o espectro de operações, disse Austin, e também foi projetado para ser suficientemente flexível para atender ao ambiente de ameaças em evolução. “O Raider foi construído com arquitetura de sistema aberto, o que o torna altamente adaptável”, declarou Austin. “À medida que os Estados Unidos continuem a inovar, este bombardeiro será capaz de defender nosso país com novas armas que ainda nem foram inventadas. E o B-21 é multifuncional. Pode lidar com qualquer coisa, desde a coleta de informações, até a gestão de batalhas ou a integração com nossos aliados e parceiros. E funcionará perfeitamente em todos os domínios, teatros e em toda a força conjunta.”
O B-21 Raider foi construído por Northrop Grumman e foi desenvolvido através de uma profunda parceria com as partes interessadas das Forças Armadas dos EUA, disse Austin.
O desenvolvimento do B-21 Raider começou em 2015, quando a Força Aérea dos EUA concedeu o contrato de desenvolvimento de engenharia e fabricação. A Força Aérea dos EUA espera adquirir um mínimo de 100 dessas aeronaves.
Embora seja desconhecida a data precisa em que o B-21 entrará em serviço, as decisões de base já foram tomadas. A Base da Força Aérea (AFB) de Ellsworth, em Dakota do Sul, se tornará a primeira Base Operacional Principal e unidade de treinamento formal para o B-21. A AFB de Whiteman, em Missouri, e a AFB de Dyess, em Texas, são as localidades preferidas para as demais bases. Cada uma delas receberá aeronaves à medida que ficarem disponíveis.
“Este não é apenas mais um avião. Não é apenas mais uma aquisição”, disse Austin. “É a encarnação da determinação da América em defender a república que amamos. É uma prova de nossa estratégia de dissuasão, com a capacidade de apoiá-la, sempre e em qualquer lugar. É isso o que faz a América.”