Forças navais de 20 países participaram do exercício UNITAS LXII, na Baía de Salinas, no Peru, entre 24 de setembro e 6 de outubro de 2021.
O UNITAS foi realizado no marco das comemorações do Bicentenário da Marinha de Guerra do Peru e contou com a participação de mais de 32 embarcações, quatro submarinos, 26 aeronaves e 5.700 militares de diferentes países, informou o Comando Sul dos Estados Unidos (SOUTHCOM).
“As operações [UNITAS] foram realizadas pela primeira vez nas águas jurisdicionais da Venezuela, em 28 de agosto de 1960, com o objetivo de treinar, capacitar, cooperar e estabelecer vínculos de confiança entre as marinhas da região, revezando suas sedes anualmente. As operações se expandiram paulatinamente com diferentes aspectos da guerra marítima, adequando-se às mudanças nos cenários mundiais e ao surgimento das chamadas novas ameaças”, informa em seu portal a Marinha de Guerra do Peru.

De acordo com a Marinha dos EUA, participaram desta edição Alemanha, Argentina, Austrália, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Espanha, Estados Unidos, França, Itália, Jamaica, Marrocos, México, Panamá, Peru, Reino Unido, República Dominicana e Uruguai.
Durante o exercício, foram realizadas diferentes operações, como guerra antiaérea, antissuperfície, antissubmarina, interseção marítima, operações assimétricas, desembarque anfíbio, operações de assistência humanitária, ajuda em desastres e operações nas selvas ribeirinhas, entre outras, informa a Marinha do Chile em seu site.
A Marinha do México explicou em sua página oficial que “as operações ocorrem no litoral de Callao e na selva de Iquitos, proporcionando uma excelente oportunidade para empregar táticas de combate em situações de difícil acesso e melhorar as capacidades de resposta dos participantes”.

O jornal El Peruano informou que as operações começaram com o lançamento de paraquedistas de grande altitude, com equipamentos de oxigênio; posteriormente, realizaram fogo de artilharia naval e apoio de fogo aéreo, para efetuar reconhecimento e destruição de obstáculos.
“Minutos depois, os militares executaram operações de inserção de tropas a partir de aeronaves e com corda rápida a partir de helicópteros, bem como demolição de obstáculos submarinos, entre outros exercícios que permitiram o desembarque de tropas e unidades marítimas”, publicou El Peruano.
“Essa operação demonstra a cooperação e a coordenação que existe entre todos os países para estarem preparados para enfrentar qualquer ameaça que atente contra a segurança e a estabilidade dos países dessa região”, afirmou o Capitão de Mar e Guerra Eduardo Díaz León, da Marinha de Guerra do Peru, comandante da força de desembarque.