Os Estados Unidos impuseram sanções contra a agência militar de contra-inteligência da Venezuela no dia 11 de julho de 2019, acusando-a de torturar e matar os presos.
As novas sanções, anunciadas pelo Departamento do Tesouro dos EUA, congelam todos os bens nos EUA da Direção Geral de Contra-Inteligência Militar.
Isso ocorre menos de uma semana depois que os EUA impuseram sanções contra o filho de Nicolás Maduro, como parte da tentativa de Washington de derrubar o líder venezuelano do poder.
O secretário do Tesouro dos EUA Steven Mnuchin declarou em um comunicado que a ação foi deflagrada após a morte de um capitão de corveta da Marinha que estava sob custódia e que supostamente foi torturado.
“A detenção por motivos políticos e a trágica morte do Capitão de Corveta Rafael Acosta [Arévalo] é injustificável e inaceitável”, disse Mnuchin.
O oficial foi preso em junho sob acusações de conspiração para assassinar Maduro. Ele morreu na prisão oito dias depois e o procurador-geral da Venezuela declarou que dois funcionários da agência de contra-inteligência foram acusados de homicídio.
Funcionários do Departamento do Tesouro disseram que quando o CC Acosta compareceu ao tribunal, após sua prisão, “mostrava sinais de agressões físicas; inclusive estava em uma cadeira de rodas e não conseguia falar”.
Acrescentaram que, apesar da prisão de dois dos funcionários da agência que estariam envolvidos nessa morte, “essa é apenas a mais recente demonstração da brutalidade praticada por uma agência que é famosa por seus métodos violentos”.
A alta comissária das Nações Unidas para os direitos humanos Michelle Bachelet disse que “estava abalada com a suposta tortura do Capitão de Corveta [Rafael] Acosta Arévalo e que o tratamento recebido na prisão pode ter sido a causa da sua morte”.
A mais recente ação dos EUA surge quando Maduro tenta se consolidar no poder depois do que Caracas considerou uma tentativa fracassada de golpe de Estado do líder oposicionista Juan Guaidó, que foi reconhecido por Washington e cerca de 50 outros países como presidente legítimo da Venezuela.