Na edição 2019 da Operação Formosa, uma das principais novidades foi a participação de uma mulher como comandante de um pelotão de infantaria: a 2º Tenente do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) do Brasil Liana Arduíno de Magalhães.
A Operação Formosa é o maior treinamento da Marinha do Brasil (MB) na região central do pais, onde uma série de exercícios de simulação de guerra são desenvolvidos, divididos em três etapas.
À frente de um grupo integrado por 44 homens, durante os 10 dias da Operação Formosa, a 2º Ten Liana contou que recebeu a responsabilidade com alegria. “Fiquei muito feliz em saber que seria comandante de pelotão nessa operação, pois poderia colocar em prática todos os ensinamentos recebidos durante o curso de aperfeiçoamento em guerra anfíbia e expedicionária que eu tinha feito”, disse a oficial.
A 2º Ten Liana ingressou no CFN em 2001. Em 2018, após um concurso interno, tornou-se oficial. Ser comandante não é novidade para a 2º Ten Liana, já que desde o primeiro semestre de 2019 ela ocupa esse cargo no 3o Pelotão de Fuzileiros Navais da 1a Companhia de Fuzileiros Navais, no Rio de Janeiro. No entanto, foi no exercício em Formosa que a oficial, pela primeira vez, atuou em campo.


Ali, sua responsabilidade foi executar as tarefas determinadas e observar a segurança dos homens do seu grupo durante todo o exercício. “Foi muito importante para mim porque pude aprimorar os conhecimentos técnicos inerentes à função de comandante de pelotão e perceber a importância da liderança frente a um grupo, a fim de alcançar os objetivos desejados”, avaliou a 2º Ten Liana.
Novas tecnologias
Além dos 1.900 fuzileiros navais brasileiros, a Operação Formosa 2019, realizada entre 8 e 18 de julho, contou com a presença de cinco militares norte-americanos, quatro equatorianos e dois portugueses, que participaram como observadores.
Teve ainda a participação de civis israelenses, que orientaram os militares brasileiros no emprego do Sistema Integrado de Comando e Controle do Corpo de Fuzileiros Navais (SIC2CFN). Essa tecnologia foi desenvolvida pela empresa Elbit, de Israel, e adquirida recentemente pela Marinha do Brasil, que fez um teste durante a Operação Formosa. “O sistema permite uma total capacidade de consciência situacional de toda a área de operação. Trata-se de um sistema muito avançado, certamente um dos melhores do mundo na atualidade”, afirmou o Vice-Almirante (FN) Paulo Martino Zuccaro, comandante da Força de Fuzileiros da Esquadra.
O SIC2CFN funciona por meio de diferentes equipamentos de comunicação. Com ele, torna-se mais fácil gerenciar as ações no campo de batalha, obter dados, viabilizar a comunicação entre os elementos de combate e realizar ações de guerra eletrônica contra forças adversas.