O Ministério da Defesa lançou, no dia 22 de julho de 2021, a Antena Multissatelital para auxiliar no combate ao desmatamento e outros crimes ambientais no Brasil. Com 11,3 metros de diâmetro, a nova antena é capaz de captar imagens de satélites operados por brasileiros e também por outros países com os quais o país tenha contratos de aquisição.
A antena pode receber dados de todos os satélites de observação da terra, ópticos e radares em todo o país, incluindo grande parte da área marítima. Antes do novo satélite, o país dependia do repasse das imagens de fornecedores estrangeiros, que podia levar dias e até semanas para serem enviadas. Ainda era necessário baixar esse material, processar e depois repassar ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que é responsável pelo monitoramento da Amazônia e divulgação dos dados de desmatamento. A partir desta nova antena, os dados poderão ser acessados em minutos.
O equipamento será operado pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), órgão criado pelo governo para facilitar e agilizar o controle de atividades ambientais ilegais. As imagens captadas vão contribuir com a antecipação e a intervenção dos focos de queimada, inclusive no período de alta densidade de nuvens na Amazônia, complementando o Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real do INPE. O novo equipamento também pode ser usado para dados relativos a questões meteorológicas.
De acordo com o ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto, a nova antena possibilitará resultados completos para a fiscalização em todo o território nacional, especialmente na Amazônia e regiões do cerrado, que sofrem com queimadas.
“Celebramos hoje a concretização de mais um instrumento do Estado brasileiro para ampliar a vigilância do território e, em especial, para incrementar o monitoramento ambiental do nosso país”, ressaltou o ministro Braga Netto por ocasião do lançamento da nova antena. “Essa ferramenta é capaz de receber dados dos satélites nacionais operados pela Força Aérea Brasileira e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, tendo acesso a imagens geradas em tempo real”, acrescentou.
Uma segunda antena será colocada a cerca de 40 quilômetros de Manaus, Amazonas, o que deve garantir o monitoramento de todo o território.