Vários submarinos de mísseis balísticos dos EUA (SSBN) realizaram operações no mar, treinamentos e visitas a portos em todo o mundo com um de seus aliados mais próximos, o Reino Unido, durante os meses de outubro e novembro de 2022. As operações combinadas entre os Estados Unidos e o Reino Unido consistiram de três eventos-chave que ocorreram no Oceano Indo-Pacífico, Mar Mediterrâneo e ao largo da costa leste dos EUA.
O primeiro evento ocorreu no Oceano Índico, quando o submarino de mísseis balísticos USS West Virginia (SSBN 736), da classe Ohio, da Marinha dos EUA, com o porto de base em Kings Bay, Geórgia, recebeu o General de Exército Michael “Erik” Kurilla, do Exército dos EUA, comandante do Comando Central dos EUA (CENTCOM), enquanto operava em águas internacionais no Mar Arábico, em 19 de outubro de 2022. O Gen Ex Kurilla foi acompanhado no USS West Virginia pelo Vice-Almirante Brad Cooper, comandante da Quinta Frota da Marinha dos EUA. Durante sua visita a bordo do SSBN, o Gen Ex Kurilla fez uma visita guiada e recebeu um informe sobre as capacidades do navio, que opera globalmente sob o Comando Estratégico dos EUA.
“Fiquei profundamente impressionado com a tripulação do USS West Virginia; estes marinheiros representam o mais alto nível de profissionalismo, experiência e disciplina em todas as Forças Armadas dos EUA”, disse o Gen Ex Kurilla. “O USS West Virginia representa o tipo de poder de fogo de ponta e a capacidade de combate estratégico de que dispõe o CENTCOM.”
O USS West Virginia então se dirigiu ao sul para visitar a ilha de Diego García, no território britânico do Oceano Índico, de 25 a 31 de outubro. A Marinha dos EUA opera lá uma instalação de apoio que possui um cais e uma pista de aterrissagem para acomodar navios e aeronaves. Enquanto atracava no cais de Diego García, a tripulação do USS West Virginia tomou provisões, desfrutou de algum descanso e relaxamento e efetuou um intercâmbio de tripulação. Cada um dos SSBNs da Marinha dos EUA tem duas tripulações, Azul e Dourada, que se alternam levando o submarino para o mar em patrulha. Isto maximiza a disponibilidade do SSBN, reduz o número de submarinos necessários para atender às exigências estratégicas e permite o treinamento, prontidão e moral adequados da tripulação.
Depois de partir de Diego García, o USS West Virginia realizou um exercício de treinamento no mar com dois bombardeiros B-1B Lancer, da Força Aérea dos EUA, que foram destacados em Guam, e uma aeronave E-6B Mercury “Assuma o Comando e Mova-se”, ou TACAMO, da Marinha dos EUA, que se concentrou nas comunicações para treinar e aprimorar os procedimentos de Comando, Controle e Comunicações Nucleares (NC3). O evento validou a interoperabilidade entre o SSBN, os B-1Bs e E-6B e exerceu táticas, técnicas e procedimentos estabelecidos, usando métodos alternativos de comunicação entre essas plataformas estratégicas.
“O USS West Virginia, como cada um de nossos submarinos de mísseis balísticos, é especificamente projetado para patrulhas de dissuasão estendidas”, declarou o Vice-Almirante William Houston, da Marinha dos EUA, comandante das Forças Navais Submarinas dos EUA, com sede em Norfolk, Virgínia. “A furtividade e a capacidade de resposta desses submarinos, combinados com a capacitação da tripulação, fazem de nossos SSBNs os navios de guerra mais poderosos do mundo.”
A uma distância de um oceano e um continente, um outro SSBN da Marinha dos EUA, o USS Rhode Island (SSBN 740), também com base em Kings Bay, realizou uma visita ao porto de outro território do Reino Unido, o Porto de Gibraltar, do Território Britânico de Ultramar, no Mar Mediterrâneo, de 1 a 5 de novembro de 2022. Esta visita a Gibraltar segue uma visita ao mesmo porto, aproximadamente um ano antes, pelo submarino de mísseis balísticos USS Alasca (SSBN 732), da Marinha dos EUA, em junho de 2021.
“A visita portuária do USS Rhode Island a Gibraltar reforça nosso compromisso com nossos aliados e parceiros na região. Os Estados Unidos e o Reino Unido compartilham uma sólida história de cooperação, através de exercícios, operações e atividades como esta, que aprimoram nossas capacidades combinadas e nossa parceria”, disse o Capitão John Craddock, da Marinha dos EUA, comandante da Força-Tarefa de Submarinos 69, na sede da Sexta Frota dos EUA/Forças Navais dos EUA Europa-África, em Nápoles, Itália.
Os SSBNs dos EUA também realizam visitas de rotina aos portos da Base Naval de Sua Majestade (HMNB), em Clyde, Escócia, onde os SSBNs do Reino Unido estão baseados. Na verdade, o USS Rhode Island foi o último SSBN a visitar o HMNB Clyde, em julho de 2022. Os submarinos de ataque, submarinos de mísseis guiados, cruzadores de mísseis guiados e destroieres de mísseis guiados da Marinha dos EUA também fazem visitas de rotina ao HMNB Clyde.
Após sair de Gibraltar, em 5 de novembro, o USS Rhode Island realizou um exercício de treinamento de comunicação no mar, similar ao que o USS West Virginia fez ao largo de Diego García, uns dias antes. Mas o USS Rhode Island operou no Mediterrâneo com uma aeronave E-6B TACAMO e um jato de patrulha marítima e reconhecimento P-8A Poseidón, da Marinha dos EUA, em vez de com bombardeiros B-1B.
O terceiro e último evento foi um exercício de treinamento marítimo de um dia com SSBNs dos EUA e do Reino Unido, operando juntos no Oceano Atlântico, ao largo da costa da Geórgia, em novembro de 2022. Este exercício consistiu em um treinamento de interoperabilidade, vigilância e comunicações com aeronaves da Marinha dos EUA que incluíam um E-6B TACAMO e dois helicópteros MH-60R Sea Hawk.
“Os SSBNs […] são vitais para uma dissuasão nuclear confiável para os Estados Unidos e nossos aliados”, disse o Almirante de Esquadra Charles Richard, da Marinha dos EUA, ex-comandante do Comando Estratégico dos EUA em Omaha, Nebraska.
Tanto o Reino Unido quanto os Estados Unidos usam os mísseis balísticos lançados de submarinos Trident II D-5 (SLBM) em sua classe atual de SSBNs. Ambas as nações também utilizarão o SLBM Trident II D-5 em suas futuras classes de SSBNs, resultando em custos mais baixos e maior interoperabilidade entre estes aliados-chave.
O Reino Unido e os Estados Unidos desfrutam de um relacionamento especial e compartilham interesses econômicos, culturais e de segurança comuns. Esta estreita parceria inclui um compromisso com a dissuasão estratégica, como evidenciado por nossos portos e bases compartilhados, sistemas de armamento estratégico, exercícios e treinamento que aprimoram a dissuasão e reforçam a segurança e estabilidade em todo o mundo.