A Força-Tarefa Naval Tridente (FTNT) da Força Naval de El Salvador e a Polícia Nacional Civil (PNC) apreenderam 4.656 quilos de cocaína em três operações.
Em Puerto El Triunfo, no estado de Usulután, a PNC informou que no dia 10 de janeiro de 2022 apreendeu 500 kg de cocaína que dois salvadorenhos transportavam em uma lancha artesanal. “A informação é de que essa droga teria como destino a Guatemala”, informou no Twitter o diretor-geral da PNC, Mauricio Arriaza.
Em duas outras operações, no estado de Sonsonate, a FTNT apreendeu 4.156 kg de cocaína que cinco colombianos e dois equatorianos transportavam em dois botes semissubmersíveis, informou por Twitter, no dia 27 de dezembro, o Vice-Almirante René Merino, ministro da Defesa Nacional de El Salvador.

Os botes foram interceptados a 751 quilômetros e a 796 km da costa salvadorenha, explicou o presidente de El Salvador, Nayib Bukele. “Essa foi a primeira vez em que dois [semissubmersíveis] foram localizados simultaneamente, além de ser a segunda maior apreensão das últimas décadas”, acrescentou o V Alte Merino.
Vínculos na América Central
O General de Exército Jorge Luis Vargas, diretor da Polícia Nacional da Colômbia, confirmou ao jornal colombiano El Tiempo que as operações foram coordenadas entre a Guarda Costeira dos EUA e autoridades salvadorenhas. O alcaloide saiu de Tumaco, no estado de Nariño, e pertencia à estrutura criminosa Segunda Marquetalia, grupo dissidente das extintas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, “sob o comando de Iván Márquez, o ex-líder guerrilheiro que fez parte dos acordos de paz, mas que os abandonou e hoje está foragido da justiça”, informou a revista Semana, da Colômbia.
O Corpo Técnico de Investigações (CTI) da Procuradoria Geral da Colômbia confirmou no dia 10 de janeiro que a Segunda Marquetalia envia cocaína para a Guatemala. “[Encontramos] um complexo narcotraficante em Tumaco, Nariño, onde foram identificadas várias etiquetas com a logomarca G1 nos blocos de cocaína”, informou por Twitter Alberto Acevedo, diretor do CTI, sobre uma das logomarcas que o grupo criminoso usa. “Durante as vistorias, constatou-se que a partir deste e de outros laboratórios da região partiam os contrabandos em diferentes quantidades, camuflados em veículos de carga e transportados a Cúcuta, em Norte de Santander, onde eram recolhidos para coordenar seu transporte até a Venezuela.”
De acordo com a Procuradoria colombiana, os criminosos da Segunda Marquetalia tinham um pacto com o cartel Jalisco Nova Geração, do México, para a entrega de cargas na América Central.