Graças à cooperação interagencial, a Força Armada de El Salvador (FAES), a Polícia Nacional Civil (PNC), a Promotoria e o Ministério da Justiça reduziram as atividades criminosas no país, 60 dias após a implementação do Plano de Controle Territorial, uma estratégia de segurança que ataca as finanças das quadrilhas e fortalece as capacidades das forças de segurança.
“Fechamos o mês [de agosto] com menos homicídios, desde os acordos de paz”, garantiu o presidente de El Salvador Nayib Bukele. “No dia 1º de junho, o país registrava 10 mortes violentas por dia; hoje (30 de agosto) a média não chega a quatro”, ressaltou a emissora de rádio francesa RFI na sua página da internet.
O plano territorial teve início no dia 20 de junho nas regiões com reincidência de delitos e onde os grupos criminosos, sobretudo as quadrilhas, obtêm financiamento por meio de extorsão. “Contabilizamos mais de 11.600 capturas entre junho e agosto”, informou a PNC à imprensa.
“Outras conquistas são o controle dos perímetros dos centros de detenção e o incremento das apreensões e confiscos nos pontos de fronteiras ilegais”, disse à Diálogo o Coronel do Exército de El Salvador Carlos Alberto Tejada Murcia, chefe do Estado-Maior Conjunto da FAES.
O Ministério da Defesa informou que incorporará mais soldados ao plano de recuperação dos territórios com altos índices de violência; o objetivo é acrescentar 3.000 efetivos até 1º de outubro, para que eles se integrem aos 8.600 militares que já atuam em 22 municípios.
“Os soldados destacados pertencem ao Comando Zeus em apoio à PNC, que reforçam os Grupos Conjuntos de Apoio à Comunidade contra quadrilhas e terroristas, e ao Comando San Carlos, que proporciona a segurança dos perímetros e da entrada de ilícitos em todos os centros penais do país, para evitar que grupos terroristas e quadrilhas comandem extorsões e homicídios de dentro das carceragens”, explicou o Cel Tejada. “Eles também atuam na Força-Tarefa Vulcano, com patrulhamentos diurnos e noturnos nos setores assediados pelas quadrilhas, no Comando de Forças Especiais e no Comando Sumpul, para impedir o contrabando e o tráfico de armas.”

A Assembleia Legislativa está em fase de aprovação da implementação da segunda etapa do Plano de Controle Territorial, que busca reduzir o recrutamento de jovens pelas quadrilhas.