A Polícia Nacional da Colômbia, em coordenação com a Polícia Antinarcóticos do Equador, divulgou, no dia 22 de janeiro de 2021, a captura no Aeroporto Internacional de Antióquia do cidadão equatoriano Alex Fernando Izquierdo, conhecido como Mariachi, o qual se dedicava ao tráfico transnacional de drogas e à lavagem de dinheiro para o cartel mexicano Jalisco Nova Geração.
“Através do intercâmbio de informações entre autoridades de vários países, descobriu-se que [vulgo] Mexicano ou Mariachi havia chegado à cidade de Medellín para estabelecer laços criminosos com líderes do Clã do Golfo, com o objetivo de criar rotas para o tráfico de cocaína a partir da costa do Caribe para o México e os Estados Unidos”, informou à imprensa, no dia 22 de janeiro, a Polícia Nacional da Colômbia.
De acordo com o comunicado, a última operação contra esse criminoso tinha sido realizada no final de janeiro de 2019, em Nova York, resultando na apreensão por parte das autoridades norte-americanas “de US$ 500.000, que deveriam ser enviados em pequenas quantidades a diferentes contas bancárias na Colômbia e no Equador. Em fevereiro de 2019, autoridades do estado de Ohio confiscaram do criminoso 40 quilos de cocaína, 1 kg de heroína e US$ 1 milhão”, acrescentou a polícia colombiana.
Izquierdo é requisitado pela Corte do Distrito Sul de Nova York por narcotráfico e lavagem de dinheiro, declarou o comunicado policial. Há dois anos, as autoridades dos EUA investigavam o criminoso, que tinha estrutura para movimentar [ilegalmente] US$ 2 milhões por mês, publicou o jornal El Tiempo, de Bogotá.
A investigação policial determinou que esse indivíduo atuava como empresário de concertos e espetáculos de âmbito mundial para passar despercebido. Izquierdo viajava constantemente ao México; de fato, foram registradas pelo menos 40 entradas nesse país, informou no dia 22 de janeiro o jornal equatoriano El Universo. No Equador, o cidadão de Quito registra antecedentes por delitos de fraude e falsificação de documentos, e as autoridades o investigavam por lavagem de dinheiro.
A polícia disse que Izquierdo adquiria a cocaína “em laboratórios localizados no estado de Nariño, retirando-a pela costa pacífica colombiana, para ser enviada ao Equador e, posteriormente, com destino a países centro-americanos, como Guatemala e Costa Rica, onde o entorpecente era entregue ao cartel mexicano Jalisco Nueva Generación, com quem ele mantinha ligação direta, para finalmente ser comercializado em […] Nova York”.
Vigilância constante
Autoridades colombianas alertaram, em janeiro de 2017, que a partir de 2014 detectaram um aumento na entrada de narcotraficantes estrangeiros no país, que, disfarçados de turistas e empresários, penetravam nas zonas produtoras de drogas para comprar cocaína e exportá-la para o México, revelou o jornal mexicano El Universal, no dia 22 de janeiro. Nos primeiros 29 dias de 2021, as apreensões de cocaína e maconha ultrapassaram 10 toneladas, informou a Procuradoria colombiana.
Desde 7 de agosto de 2018 até 30 de novembro de 2020, a Colômbia extraditou 379 pessoas, 280 delas para os EUA, informou no dia 16 de dezembro de 2020 o Ministério da Justiça colombiano em seu portal.