Em uma entrevista à Voz da América, Borges declarou que a volta às armas dos antigos líderes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia é um tema de “enorme preocupação” e que é preciso “acionar os alarmes sobre o que existe por trás da notícia”.
“Trata-se de uma operação que nasceu com base no Fórum de São Paulo e que tem como meta manter essa triangulação entre Caracas e Havana, buscando desestabilizar toda a democracia na região”, afirmou.
O diplomata afirmou que a mensagem que deseja enviar à comunidade internacional é que o caso da Venezuela e do governo em disputa de Maduro já não é mais apenas sobre uma “ditadura” e um “Estado falido”, mas que já “atingiu um terceiro escalão”, o de um “Estado que protege o terrorismo”.
“A Venezuela se transformou no santuário do mundo inteiro do que significa a destruição da democracia no mundo livre”, garantiu Borges.
Acrescentou que enquanto não houver “uma mudança política e democrática na Venezuela, toda a região estará em perigo”. Borges classificou o governo em disputa de Nicolás Maduro como “uma ferida aberta e infectada” para o continente.
No dia 3 de setembro, Guaidó anunciou que permitirá o uso de tecnologia via satélite para facilitar a localização e detecção de grupos irregulares colombianos que estariam no território venezuelano.
Além disso, a Assembleia Nacional, de maioria oposicionista, aprovou um acordo em repúdio à “presença e expansão de grupos narcoterroristas no território nacional”.