Soldados dos exércitos dos EUA e do Brasil inauguraram o Exercício Vanguarda do Sul 22 em Lorena, São Paulo, Brasil, no dia 6 de dezembro de 2021. O Vanguarda do Sul – denominado CORE 21 no Brasil – é um exercício patrocinado pelo Comando Sul dos EUA e conduzido pelo Exército Sul dos EUA nos níveis operacional e tático, com o objetivo de aumentar a interoperabilidade entre as forças dos EUA e do hemisfério ocidental. Diálogo conversou sobre esse exercício combinado com o General de Brigada William L. Thigpen, comandante geral do Exército Sul dos EUA.
Diálogo: Por que é importante treinar com as tropas brasileiras?
General de Brigada William L. Thigpen, comandante geral do Exército Sul dos EUA: O Vanguarda do Sul 22 desenvolve uma parceria entre o Brasil e os Estados Unidos, e pretendemos continuar esse exercício até pelo menos 2028. É importante que executemos essa missão, porque na eventualidade de uma crise humanitária ou um desastre natural, já teremos a experiência de trabalhar junto com as forças brasileiras, e já teremos estabelecido confiança e respeito. Para mim, é um privilégio estar aqui enquanto criamos uma parceria entre o Brasil e os Estados Unidos. A evolução desse exercício começou há dois anos, e eu então estendo minha mais profunda gratidão a todos aqueles que trabalharam duro para que hoje estejamos aqui.
Diálogo: Qual é o benefício mais importante desse exercício para as tropas dos EUA?
Gen Bda Thigpen: A colaboração e a parceria oriundas de um exercício como esse são extremamente importantes para nós. Elas geram interoperabilidade. Também nos permitem compreender as capacidades uns dos outros. Mas o mais importante é que fomenta o companheirismo até o nível tático, bem como a prontidão de ambos os países e a parceria.
Diálogo: O senhor poderia oferecer mais detalhes sobre a participação dos EUA no exercício?
Gen Bda Thigpen: Esses exercícios variam em escala. Este é realizado no nível de companhia, com a participação de 152 soldados da 101ª Divisão Aerotransportada. Temos também 31 soldados do Exército Sul que colaboram com algum apoio estrutural para fazê-lo acontecer.
Diálogo: O senhor acha que esse exercício trará benefícios maiores a um país do que a outro?
Gen Bda Thigpen: O exercício se concentra realmente em que ambos os países aprendam uns com os outros e criem prontidão. E, mais uma vez, voltamos à interoperabilidade, compreendendo efetivamente como realizamos as operações, fazendo isso como parte de um treinamento, para que, na ocorrência de uma crise ou desastre humanitário, já saibamos como atuar juntos.
Diálogo: Há algum plano para acrescentar uma parte cibernética a esse exercício de agora até 2028?
Gen Bda Thigpen: Não. Esse exercício, como existe atualmente, é feito para operações de assalto aéreo tático móvel, que é uma forma de destacar soldados em helicópteros para uma operação. E então, é claro, eles passariam a uma execução tática terrestre de um plano tático terrestre. Assim sendo, no momento não nos concentramos no aspecto cibernético do combate.