Foi durante um engajamento de líderes-chave, no Acampamento Up Park, em Kingston, entre o Brigadeiro Markland Lloyd, da Força de Defesa da Jamaica (JDF), oficial executivo da Força (FXO), e o General de Brigada Hernando Garzon Rey, subcomandante geral do Exército Sul dos EUA (ARSOUTH) para a Interoperabilidade, que foi delineado o futuro das necessidades operacionais de assistência humanitária e resposta em desastres (HA/DR) da JDF, foram identificadas as lacunas de treinamento e foram abordadas as limitações de financiamento.
Embora os recursos do ARSOUTH fossem limitados, o Escritório de Cooperação em Segurança da Jamaica (SCO JAM) entrou em contato com o 571° Esquadrão Consultivo de Apoio à Mobilidade (MSAS), uma unidade altamente capaz e versátil da Força Aérea dos EUA, com sede na Base da Força Aérea de Travis, Califórnia. O SCO JAM e o MSAS, que finalmente se decidiram por um cronograma adequado entre julho e agosto, também foram capazes de seguir adiante com um pacote adicional de treinamento para o Regimento de Atividades Especiais da JDF. Este compromisso de seguimento foi construído com base no treinamento avançado de Atenção Tática a Vítimas de Combate (TCCC), que o 571º MSAS realizou em fevereiro de 2022, e se concentrou principalmente em aplicações médicas austeras em terrenos restritos e inacessíveis, bem como no aumento da interoperabilidade dentro da JDF.

O treinamento de quatro semanas em HA/DR foi um curso especificamente criado pelo 571º MSAS para a Equipe de Assistência em Desastres (DART) da JDF e sua missão de resposta a crises e contingências em toda a região do Caribe.
“Criamos este curso para a DART a fim de otimizar as competências em comando e controle, com ênfase em operações de agitação civil, tratamento médico no terreno e aplicações de resgate em águas rápidas”, disse o líder da equipe, o Suboficial Caleb Dysert, da Força Aérea dos EUA.
A DART é composta de cinco especialidades: busca e resgate, segurança, engenharia, logística e medicina. Esta parte das Equipes Móveis de Treinamento levou a interoperabilidade interfuncional a novos níveis, enquanto que os 88 soldados, marinheiros e aviadores participavam de treinamentos intensivos de quatro semanas de duração. O esforço conjunto dos EUA e da Jamaica incorporou o treinamento com o Corpo de Saúde e Serviços da JDF, o Esquadrão de Veículos de Mobilidade Protegida e a Ala Aérea, e incluiu o treinamento em águas de inundação em um lugar remoto, a horas de distância de Kingston.
Os alunos receberam dois dias intensos de instrução e aplicação prática de TCCC, seguidos de um dia de preparação e carregamento dos pacientes, tanto do Esquadrão de Veículos de Mobilidade Protegida quanto da ala giratória. Os dois últimos dias deste pacote de treinamento aconteceram na Antiga Ponte Espanhola, no rio Branco, onde os alunos aprenderam hidrologia e várias técnicas de resgate em caso de inundação, terminando com um exercício culminante no último dia.
O 1º Tenente Damane Henry, da JDF, comandante do Pelotão da Companhia Charlie, do Quarto Regimento, declarou: “O curso permitiu o desenvolvimento das competências necessárias para ser um ajudante eficaz em casos de vítimas, transporte e busca e resgate. Como participante, pude receber as informações como um líder da DART. Como oficial de ligação para as quatro iterações, pude ajudar a fazer o curso e seu conteúdo fluir sem problemas em todos os seus ambientes e transições.”
O exercício semanal da DART começou com o líder da equipe designando seus 20-25 colegas estudantes em três elementos: segurança, medicina e resgate em inundações. A equipe do SCO JAM integrou ao cenário fictício alguns participantes como presumidas vítimas no rio, enquanto a JDF contribuiu com 15 membros adicionais para servir como força oposta, proporcionando um maior grau de realismo e dificuldade. Participantes adicionais da JDF simularam ser vítimas em um campo adjacente ao rio, as quais o elemento médico dos estudantes teve que classificar e atender, eventualmente transportando-as para um ponto de coleta de vítimas e depois para um dos dois veículos, ou para o elemento da asa giratória que chegou ao local, pois foi chamado para acudir, devido a uma lesão de combate. O objetivo dessa atividade era solidificar os vários conjuntos de habilidades aprendidas, bem como mostrar aos líderes da JDF a interoperabilidade da DART no trabalho com múltiplos ativos.
Os líderes do Quartel-General da JDF vieram para observar os exercícios de culminação, incluindo o Brig Lloyd, que disse: “O treinamento fornecido pelo MSAS tinha como objetivo melhorar a capacidade de resposta crítica da DART da JDF, caso eles fossem chamados para responder a um desastre. Embora isso tenha sido conseguido, acredito que o maior valor foi o contínuo aprimoramento do relacionamento entre a JDF e as Forças Armadas dos EUA, melhorando nossa compreensão mútua e incrementando a confiança em nossas capacidades para atuar de forma eficaz e profissional dentro de nossas áreas de responsabilidade”.
O conhecimento transmitido pelo 571º MSAS combinado com os esforços sinérgicos da JDF e do SCO JAM, agora apresenta à região do Caribe uma entidade de primeira linha de resposta a desastres, capaz de executar uma miríade de operações de socorro.