Enquanto o presidente da Rússia, Vladimir Putin, continua a adotar uma postura agressiva contra a Ucrânia, os Estados Unidos e seus aliados pedem uma resolução pacífica do conflito.
“O presidente Biden deixou absolutamente claro ao presidente Putin: quando se trata de questões de segurança europeia, não haverá nada na Europa sem a Europa, não apenas coordenação total, consulta total, mas também participação”, disse o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em 5 de janeiro.
Os Estados Unidos estão comprometidos com a soberania e os princípios das relações internacionais da Ucrânia que sustentam a paz e a prosperidade em toda a Europa.
Contrariando a falsa narrativa da Rússia
Os Estados Unidos se opõem fortemente ao contínuo aumento de tropas da Rússia nas fronteiras da Ucrânia e às divulgações falsas na mídia controlada pelo Estado russo dirigidas à Ucrânia e à OTAN. Blinken disse que a Rússia continua a promover uma “narrativa falsa” de que a Ucrânia está tentando provocar um conflito.
“A verdadeira questão é se a Rússia leva a sério a diplomacia, se leva a sério a desescalada”, disse.
O assessor da Casa Branca para Segurança Nacional, Jake Sullivan, disse em dezembro de 2021 que a administração está pronta para discutir questões levantadas por Moscou, mas enfatizou que o governo de Biden está comprometido com o “princípio de nada sobre você sem você” em qualquer política que afete aliados e parceiros europeus.
O conflito na Ucrânia começou em 2014, após a tomada ilegal da península da Crimeia pela Rússia e sua instigação de uma guerra indireta para uma revolta no leste da Ucrânia.
Os Estados Unidos apoiam a implementação dos acordos de Minsk como método para acabar com o conflito. Os acordos, que foram endossados pelas Nações Unidas, exigem o desarmamento e a retirada das tropas russas da Ucrânia.
Estima-se que 2,9 milhões de pessoas precisarão de assistência humanitária em 2022 por causa do conflito. O conflito também causou a morte de mais de 13 mil pessoas e forçou 1,5 milhão a fugir de suas casas.
Embora a Rússia alegue ter preocupações com a segurança europeia, Blinken enfatizou que foi a Rússia que invadiu a Geórgia, invadiu a Ucrânia, estacionou suas tropas sem consentimento na Moldávia, tentou assassinar oponentes políticos em solo estrangeiro e violou acordos internacionais de controle de armas.
O secretário disse que uma nação não deve ser capaz de mudar à força as fronteiras de outra nação, ditar a política externa de outra nação ou criar uma esfera de influência sobre os países vizinhos.
Os Estados Unidos e a OTAN fortaleceram o vínculo transatlântico e são firmes em seu apoio à independência, à integridade territorial e à soberania da Ucrânia.
A diplomacia é o melhor método para resolver o conflito, disse Blinken, mas membros aliados da OTAN, da União Europeia e do Grupo dos Sete estão prestes a aplicar penalidades severas contra a Rússia se a situação piorar na Ucrânia. “A Rússia enfrentará consequências enormes por uma agressão renovada contra a Ucrânia”, disse ele.