O Exército Nacional da Colômbia conseguiu enfraquecer ainda mais as dissidências das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), com a captura de três de seus líderes no departamento de Meta, no leste da Colômbia, no início de setembro. Vulgo Boliqueso, líder da Estrutura Jorge Briceño, vulgo Anderson e vulgo Iván, líderes da Estrutura 39, foram capturados em operações de busca e apreensão.
No mesmo mês, tropas do Exército também afetaram as finanças da Estrutura 33, destruindo dois laboratórios para o processamento de cloridrato de cocaína, no valor de mais de US$ 3 milhões, no departamento de Santander, indicou em um comunicado o Comando Geral das Forças Militares da Colômbia. As operações foram realizadas com o apoio da Força Aérea Colombiana, das Unidades Setoriais de Investigação Judicial e Criminal da Polícia Nacional e da Procuradoria Geral da Nação.
“Foram feitas três prisões, incluindo duas [pertencentes] à Estrutura 39, entre elas seu segundo líder, Gerardo Antonio Sanguino, vulgo Anderson, [que] tinha uma trajetória de 24 anos de antecedentes criminais”, disse à imprensa o General de Brigada Miller Vladimir Nossa Rojas, do Exército Nacional da Colômbia, comandante da Quarta Divisão.
Vulgo Anderson é supostamente responsável por múltiplas emboscadas às tropas, sequestro e extorsão de comerciantes e pecuaristas e múltiplos ataques terroristas contra a Força Pública, disse o Exército Nacional.

“Vulgo Iván, um cidadão estrangeiro, estava encarregado das finanças […], da instalação de dispositivos explosivos e extorsão”, explicou o Gen Bda Nossa. Vulgo Iván entrou na Colômbia em 2019, para fazer parte da comissão armada da agora extinta Frente 10, onde realizava atividades delitivas contra a Força Pública em Arauquita e Saravena, departamento de Arauca, relatou o Exército. Vulgo Iván era o chefe de finanças da Estrutura 39, e estava encarregado de extorquir dinheiro de fazendeiros e pecuaristas com alta renda.
As autoridades capturaram vulgo Boliqueso durante outra operação. “Atualmente, ele era o líder das redes de apoio [da Estrutura Jorge Briceño]. Este indivíduo era ativo nos municípios de Meta, Uribe, Lejanías e Vista Hermosa; ele estava na organização há 15 anos e era um homem de confiança do líder da comissão, Aurélio Buendía”, disse o Gen Bda Nossa.
Por outro lado, no município de Tibú, departamento de Norte de Santander, o Exército conseguiu destruir laboratórios para o processamento de cloridrato de cocaína. Dentro dessas estruturas, foram encontrados e destruídos mais de 939 litros de insumos líquidos e 160 quilos de insumos sólidos, cal e soda cáustica, entre outros precursores químicos usados para processar o alcalóide.
“Tropas da Força-Tarefa Vulcano e do Comando contra Ameaças Transnacionais conseguiram destruir dois laboratórios gigantescos, que abrigavam mais de 3.000 kg de cloridrato de cocaína”, disse à imprensa o Coronel Diego Jaramillo Muñoz, do Exército Nacional da Colômbia, comandante da Força-Tarefa Vulcano. “Segundo a inteligência militar e após vários dias de rastreamento, os soldados chegaram ao vilarejo de La Colombiana, onde este resultado retumbante foi alcançado contra aqueles que fariam parte do grupo armado organizado das dissidências das FARC, Estrutura 33.”
No decorrer de 2022 até 28 de setembro, o Exército Nacional informou ter capturado 803 pessoas ligadas às dissidências das FARC. Eles também conseguiram apreender 79.923 kg de cloridrato de cocaína; 24.011 kg de pasta base de coca; 90.601 kg de maconha; 1.655 laboratórios; 883 canteiros de sementes; 325.236 kg de insumos sólidos; mais de 2 milhões de litros de insumos líquidos; e mais de 2.500 armas, de acordo com dados da Assessoria de Imprensa do Exército Nacional.