No intuito de aumentar a pressão sobre o regime de Daniel Ortega, os Estados Unidos anunciaram sanções contra o comandante do Exército e o ministro da Fazenda da Nicarágua.
O General de Exército Julio César Avilés, comandante do Exército da Nicarágua, e Iván Adolfo Acosta, ministro da Fazenda e Crédito Público, foram incluídos na lista negra de sanções dos EUA, no dia 22 de maio. O Departamento do Tesouro dos EUA congelou os bens de ambos e proibiu todos os cidadãos e empresas norte-americanos de realizarem negócios com eles.
De acordo com o Departamento do Tesouro, o exército de Nicaragua baixo o comando do Gen Ex Avilés é suspeito de ter prestado apoio a policiais e gangues paramilitares que praticaram crimes contra o povo nicaraguense, incluindo ataques contra os manifestantes durante os protestos que começaram em abril de 2018 e causaram a morte de 300 manifestantes. O Departamento do Tesouro acrescentou que Acosta usava seu cargo para dispor apoio financeiro para Ortega e ameaçava os bancos para que eles não apoiassem as greves da oposição em 2019.
“As contínuas violações aos direitos humanos básicos, a flagrante corrupção e a violência generalizada do regime de Ortega contra o povo nicaraguense são inaceitáveis”, declarou o secretário do Tesouro dos EUA Steven Mnuchin em um comunicado. “Os Estados Unidos continuarão visando aqueles que apoiam o regime de Ortega e perpetuam a opressão do povo nicaraguense”, acrescentou.
Os Estados Unidos já impuseram sanções contra Ortega, sua esposa e dois de seus filhos, e o Tesouro dos EUA considerou Rafael, filho de Ortega, o “principal gestor financeiro” da sua família. A Polícia Nacional da Nicarágua, como também seu chefe e três comissários, também estão na lista negra dos EUA e da União Europeia.
O secretário de Estado dos EUA Mike Pompeo declarou que essas sanções tinham como objetivo “responsabilizar” as autoridades nicaraguenses pelo seu apoio a Ortega.