As Forças Armadas dos EUA recentemente se uniram à Força Aeroespacial Colombiana, para mostrar a cooperação bilateral e o compromisso para aprimorar a prontidão militar nos exercícios Ángel de los Andes e Relámpago VIII, realizados na Colômbia, em agosto e setembro de 2023. Equipes da Força Aérea, do Exército, da Força Espacial, da Marinha, da Guarda Costeira e dos Fuzileiros Navais dos EUA treinaram ao lado de seus homólogos colombianos, para reforçar a próspera parceria entre as duas nações.
O Coronel Matthew Vollkommer, da Força Aérea dos EUA, comandante do 612º Centro de Operações Aéreas, atuou como diretor dos exercícios Ángel de los Andes e Relámpago VIII. Ele disse que a realização simultânea dos exercícios deu às unidades a oportunidade de praticar a execução de várias missões ao mesmo tempo, alinhando-se melhor com a forma como os militares devem operar no mundo real.
“Desenvolvemos um forte vínculo”, disse. “Sempre que pensamos em resposta a crises, é útil conhecer as pessoas com quem estamos trabalhando. Você desenvolve um senso de confiança mais profundo que levará ao sucesso.”
O Cel Vollkommer disse que o exercício foi bem-sucedido devido, em grande parte, ao fato de a maioria das forças combinadas estarem juntas em Palenquero, departamento de Bolívar, o que lhes permitiu desenvolver relações de confiança. Ele ressaltou a hospitalidade dos anfitriões colombianos como um multiplicador de forças na construção da camaradagem de que as equipes precisavam para se exercitarem bem em conjunto.
“As coisas mais valiosas da interoperabilidade não ocorreram durante a execução”, disse o Cel Vollkommer. “Na verdade, foi durante o planejamento e a análise do que foi executado”, com ambas as nações compartilhando valiosas lições aprendidas.
Embora os dois exercícios tenham ocorrido simultaneamente, tinham missões distintas. O Ángel de los Andes concentrou-se na assistência humanitária conjunta, no socorro em casos de desastres e treinamento de busca e resgate em combate, enquanto o exercício Relámpago VIII concentrou-se no treinamento de operações defensivas e de soberania aérea. Trata-se de um dos maiores e mais complexos exercícios de combate aéreo da América Latina, afirmou o Tenente-Coronel Daniel Schiller, da Guarda Nacional Aérea da Flórida, piloto de F-15 e chefe de segurança da 125ª Ala de Caça.
“É bom para nós compartilharmos táticas e técnicas e aprendermos uns com os outros”, disse o Ten Cel Schiller. “Temos conjuntos de missões muito diferentes, o F-15 e o KFIR, mas ainda há muitos pontos em comum e semelhanças entre as duas estruturas aéreas… então, é fácil para nós voar no mesmo espaço aéreo e operar como uma equipe coesa, para atingir um objetivo comum.”
Como um exercício de treinamento de evacuação aeromédica, o Ángel de los Andes teve como objetivo salvar vidas. Durante o cenário de terremoto simulado do exercício, aeronaves C-17 e HH-60 dos EUA voaram ao lado de helicópteros colombianos, transportando e tratando 50 pacientes, em um esforço de recuperação em larga escala.
Em outro cenário do exercício, equipes combinadas de forças especiais saltaram de paraquedas em um território inimigo simulado, para resgatar as tropas amigas do perigo. Voando a bordo de um helicóptero HH-60, uma equipe colombiana e uma americana trabalharam lado a lado, realizando resgates em rios, superando terrenos difíceis e ultrapassando a barreira do idioma para cumprir sua missão, disse o Major César Trivino, da Força Aeroespacial Colombiana, piloto de helicóptero UH-60, que participou do Ángel de los Andes.
Com cenários que se desenrolam em vários lugares da Colômbia, as imagens aéreas foram fundamentais para garantir a segurança e a precisão das missões do exercício. A equipe espacial das Forças Aéreas Sul fez uma parceria com a célula de Operações Comerciais de Defesa Espacial Conjunta do Comando Espacial dos EUA, para a Conscientização do Domínio Espacial e para fornecer imagens aéreas de zonas de pouso de helicópteros, informações de sobrevoo de satélites e prognósticos meteorológicos espaciais, para ajudar na tomada de decisões, no planejamento e na execução.
O Cel Vollkommer parabenizou a Força Aeroespacial Colombiana por fazer uma “grande declaração estratégica”, ao reconhecer a importância do espaço para todos os aspectos das operações militares e da soberania nacional. “O espaço não é uma reflexão tardia”, declarou.
O Brigadeiro Carlos Silva Rueda, segundo comandante da Força Aeroespacial Colombiana, disse que ao integrar capacidades, as duas nações fortalecem os laços de amizade e cooperação.
“Temos uma tradição de 200 anos de apoio mútuo [com os EUA], e aqui estamos na ponta da lança da tecnologia militar e das capacidades operacionais”, disse o Brig Rueda.
O Coronel John B. Creel, da Força Aérea dos EUA, subcomandante das Forças Aéreas Sul/12ª Força Aérea dos EUA, expressou o quanto essa parceria é fundamental para nosso sucesso futuro.
“Nossa parceria é excelente”, disse o Cel Creel. “Se somos grandes parceiros em tempos de paz, quando houver uma questão de segurança que surja mais tarde, estaremos prontos para ajudar-nos uns aos outros imediatamente.”