As autoridades do Equador continuam firmes em sua luta contra o narcotráfico e o crime organizado. O trabalho permanente e coordenado da Procuradoria Geral do Estado e da Polícia Nacional permitiu alcançar níveis recorde de apreensões de drogas.
Em 2021, 210 toneladas de cocaína foram apreendidas, enquanto entre janeiro e 1º de agosto de 2022, 112 toneladas foram impedidas de sair do país, informou Swissinfo, uma empresa suíça de radiodifusão.
Em seu Relatório Mundial de Drogas 2022, publicado em junho, o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) destacou o Equador como o terceiro país do mundo com as maiores apreensões de cocaína em 2020, depois da Colômbia e dos Estados Unidos, o que representou 6,5 por cento do total apreendido em todo o mundo.
No início de agosto de 2022, o UNODC apresentou as principais conclusões do relatório, um evento que foi realizado pela primeira vez no Equador. O documento destaca o aumento da produção e do tráfico de drogas no mundo todo, bem como as tendências do consumo dessas substâncias e suas implicações para a saúde pública.
De acordo com a análise, entre 2016 e 2020, aproximadamente 90 por cento da cocaína traficada foi transportada por mar e/ou em contêineres.

O país sul-americano foi o primeiro país da região a aderir ao Programa de Controle de Contêineres (PCC) do UNODC, do qual participam outros 19 países. Em 2021, as unidades de controle portuário do programa CCP do Equador efetuaram as maiores apreensões de cocaína de todos os países participantes, um desempenho classificado como bem-sucedido pelo UNODC.
“Calculamos que em junho deste ano [2022], estas unidades apreenderam 79 por cento da quantidade total de cocaína apreendida para todo o ano de 2021; portanto, uma nova apreensão recorde poderia ser esperada para 2022”, disse um representante do UNODC. “Gostaria de aproveitar esta oportunidade para felicitar em nome da ONU o trabalho do governo do Equador, por demonstrar seu compromisso e pelos resultados alcançados no ano passado e neste ano”, acrescentou.
Esses níveis de apreensões que o Equador alcançou são o resultado de um trabalho permanente e coordenado entre todos os órgãos de controle do Estado que dão duros golpes ao narcotráfico. Entre as operações mais recentes, realizadas em agosto de 2022, destacam-se três que resultaram na apreensão de mais de 7 toneladas de cocaína.
Em uma operação em 5 de agosto, a Unidade Nacional de Investigação de Portos e Aeroportos (UIPA), da Polícia Nacional, apreendeu no Puerto Bolívar, em Machala, 3 toneladas de cocaína camufladas em um carregamento de plásticos com destino à Bélgica, informou o diário equatoriano El Comercio.
Em outra operação, chamada Emperador, a UIPA, graças a técnicas de investigação e informações classificadas, localizou um contêiner carregado com bananas perto de um porto em Guayaquil, com 1.600 pacotes contendo cerca de 1.842 toneladas de cocaína, informou a Polícia Nacional em um comunicado, em 7 de agosto. As drogas eram destinadas à ilha de Chipre, perto da Turquia, país considerado como a nova rota da droga que sai dos portos do Equador, informou o diário equatoriano Primicias.
Na terceira operação, chamada Armagedón, realizada com a ajuda de cães antinarcóticos, as autoridades apreenderam 2.550 pacotes de cocaína em um contêiner de abacaxi congelado com destino à Bélgica, informou o comandante da Polícia da Zona 8, General de Exército Víctor Zárate Pérez.
Nos primeiros sete meses de 2022, a Zona 8, que inclui as cidades de Guayaquil, Durán e Samborondón, apreendeu mais de 63 toneladas de substâncias ilícitas, disse o Gen Ex Zárate Pérez. A Polícia prevê que os resultados recordes do Equador dos últimos anos serão superados novamente em 2022.