O Departamento de Assuntos Internacionais contra o Narcotráfico e Aplicação da Lei (INL, em inglês) do Departamento de Estado dos EUA destinou US$ 5,8 milhões em fundos adicionais ao Equador, para reforçar sua luta contra o narcotráfico e o crime transnacional. O presidente Guillermo Lasso comandou a cerimônia de entrega dos recursos no dia 27 de agosto de 2021, informou o Ministério das Relações Exteriores do Equador em um comunicado.
Os novos fundos “têm por objeto comprometer recursos para melhorar a capacidade operacional do país para prevenir, mitigar, interceptar, investigar, processar e punir os delitos de alto impacto relativos a organizações transnacionais criminosas, com enfoque no tráfico de drogas”, disse o comunicado, endossado pelo chanceler Mauricio Montalvo.
Heide Fulton, subsecretária adjunta para o hemisfério ocidental do INL, explicou que o incremento de fundos “nos permitirá capacitar, equipar e prestar assistência técnica à Polícia Nacional do Equador (PNE), ao Comando de Guarda-Costas do Equador, ao poder Judicial e aos promotores e analistas de inteligência financeira do país. O Equador é um líder na detenção do fluxo de drogas para os Estados Unidos”, publicou a Embaixada dos EUA no Equador.
A Chancelaria equatoriana destacou que desde 2018 os Estados Unidos, através do INL, já entregaram mais de US$ 25 milhões ao Equador, para fortalecer o controle da produção e do tráfico ilícito de drogas.
Desde a reabertura do INL em Quito, em 2019, os Estados Unidos vêm ministrando cursos de desenvolvimento de capacidades para centenas de oficiais de segurança em diferentes instituições; também forneceram equipamento tático, tecnológico e de treinamentos, veículos e cães, para aumentar a suficiência do Equador para deter o fluxo de drogas para outros países, explicou a Embaixada dos EUA.
Aumentam as apreensões
O portal InSight Crime, uma organização de investigação e jornalismo especializada em crime organizado na América Latina e no Caribe, ressaltou que mais de um terço da produção de cocaína da Colômbia chega ao Equador, de onde parte para os Estados Unidos, Europa, Ásia e Oceania.
No dia 8 de setembro, a PNE e a Marinha do Equador desarticularam uma quadrilha narcotraficante. Durante a operação, foram detidos 19 criminosos e apreendidos 500 quilos de cocaína, que eram transportados em uma lancha rápida nas Ilhas Galápagos, com destino à América Central e, posteriormente, aos Estados Unidos, revelou no Twitter o diretor geral de investigações da polícia equatoriana Manuel Iñigez.
Em outra operação, no dia 5 de setembro, em Guayaquil, a PNE deteve dois narcotraficantes e apreendeu 1 tonelada de cocaína em um contêiner destinado à Líbia, explicou no Twitter o Coronel Manuel Gómez, chefe antinarcóticos da zona 8 da PNE. A droga, oculta em uma carga de bananas, foi descoberta por uma unidade canina, acrescentou.
Desde agosto de 2021, o Equador ultrapassou o número de apreensões registradas em todo o ano de 2020, que fechou com um total de 120 toneladas de drogas apreendidas, informou o jornal equatoriano El Universo. Entre 1º de janeiro e 6 de setembro de 2021, foram apreendidas 122 toneladas de cocaína, publicou o jornal.
“O aumento dos fundos demonstra o compromisso dos EUA […] para combater a insegurança, a violência e a impunidade”, disse Fulton. “Isso se percebe nas diversas reuniões que vimos mantendo com representantes do Executivo e do Senado desse grande país [os Estados Unidos], sempre com o ânimo positivo e a determinação política de afiançar nossos vínculos nos mais diversos âmbitos, finalizou o presidente Lasso.