O presidente colombiano Iván Duque acusou Nicolás Maduro, no dia 25 de setembro, de ser “mais um elo na cadeia do terrorismo internacional” e anunciou diante de líderes mundiais reunidos na Organização das Nações Unidas (ONU) que entregará as provas dos vínculos de seu disputado governo com as atividades do narcotráfico e do terrorismo.
Duque fez essa declaração durante seu discurso no debate geral da 74ª Assembleia Geral da ONU em Nova York.
“Suas estruturas corruptas são servas dos cartéis de drogas, seus joguetes são os braços direitos da máfia e alimentam a violência na Colômbia; eles dão refúgio a assassinos e estupradores de crianças, e aqueles que ignoram esses atos desprezíveis são cúmplices da ditadura”, disse em seu discurso.
Duque acrescentou que seu governo entregará ao presidente da Assembleia e ao secretário geral da ONU um dossiê com 128 páginas contendo provas “confiáveis e conclusivas” que corroboram e demonstram a cumplicidade do “apoio da ditadura aos grupos criminosos e narcoterroristas que atuam na Venezuela para atentar contra a Colômbia”, por parte de Maduro.
O documento tem uma lista de “20 criminosos que traíram a generosidade dos colombianos” e hoje estão na Venezuela. Disse que o dossiê tem a localização de mais de 1.400 combatentes que fazem parte do grupo Exército de Libertação Nacional (ELN) e 207 localidades controladas por essa organização. Além disso, menciona 20 pistas de pouso usadas pelo narcotráfico.
Duque falou também sobre testemunhos de venezuelanos que, segundo ele, viram de perto as ações do ELN no território venezuelano.
“Esses líderes que hoje desfrutam da acolhida de Maduro são os mesmos que reivindicaram, durante anos, os ataques aos oleodutos, causando danos ambientais irreparáveis”, acrescentou o presidente.
O governante reiterou que a Colômbia não é um país agressor nem se deixará provocar por “insinuações belicosas. Mas sempre levantará sua voz para denunciar a tirania”.
Em outro evento à parte da Assembleia Geral, Duque disse à VOA que a região está unida para encontrar uma solução para a crise na Venezuela.