O Corpo de Fuzileiros Navais do Peru sediou a segunda edição anual da Conferência Multinacional de Planejamento Anfíbio no novo Centro Internacional de Treinamento Anfíbio em Ancón, província de Lima, no dia 16 de julho de 2021.
Representantes das infantarias navais das nações parceiras da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Estados Unidos, México, Peru e Uruguai se reuniram no recém-inaugurado Centro Internacional de Treinamento Anfíbio para compartilhar experiências, táticas e lições aprendidas ligadas às operações anfíbias. O grupo dos parceiros regionais discursou e discutiu tópicos sobre capacidades anfíbias, ameaças emergentes e mudanças e desafios organizacionais, os quais permitiram que os participantes compartilhassem seus conhecimentos institucionais para fortalecer as capacidades dos parceiros em toda a região da América Latina e do Caribe.
“Discutir os principais tópicos com nossos parceiros sobre como cada um de nós opera permite que todos nos beneficiemos, ao mesmo tempo em que desenvolvemos nossos relacionamentos e nos tornamos mais interoperáveis”, disse o Capitão de Corveta (FN) Matthew Paull, oficial do Programa de Intercâmbio de Pessoal do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA no Corpo de Fuzileiros Navais do Peru. “Atuar lado a lado com infantarias navais que têm a mesma linha de pensamento e manter discussões instruídas é extremamente importante.”
O Centro Internacional de Treinamento Anfíbio foi estabelecido em 2019 para criar uma unidade que sirva de modelo para os parceiros latino-americanos e caribenhos, para treinarem e aprimorarem suas capacidades anfíbias através da educação e da aplicação prática.
O centro de treinamento visa servir como centro anfíbio de excelência, permitindo que as forças navais peruanas exportem segurança, não apenas para os países do hemisfério ocidental, mas com vistas a expandir seus conhecimentos profissionais e institucionais globalmente.
O principal objetivo dessa Conferência Multinacional de Planejamento Anfíbio foi manter e desenvolver os relacionamentos profissionais das forças anfíbias no hemisfério, além de manter um diálogo significativo sobre os principais aspectos das operações anfíbias, considerações de planejamentos e, o que é mais importante, da interoperabilidade.
“Nossa visão do futuro é ter uma organização de tarefas integradas com o objetivo de termos respostas mais flexíveis, rápidas, seguras e efetivas de nosso país contra qualquer tipo de ameaça, desastre natural ou crise”, disse o Capitão de Mar e Guerra Eduardo Díaz, da Marinha do Peru, comandante da Brigada Anfíbia do Peru e representante sênior peruano na conferência. “Além disso, estamos ansiosos por nos tornarmos parte de uma força-tarefa anfíbia multinacional para combater nossas ameaças comuns e apoiar as comunidades em risco que sofrem por causa de um desastre.”
A conferência também abordou tópicos sobre integração naval, projeto de força anfíbia, ambiente operacional atual e futuro, e como as infantarias navais estão projetando suas capacidades para operar com eficácia. Membros da infantaria naval do Peru, bem como militares da Argentina, Brasil e Estados Unidos, que estão incorporados como oficiais do Programa de Intercâmbio de Pessoal da Marinha do Peru, fizeram palestras que inspiraram discussões multinacionais durante a conferência.