O regime vem perseguindo as mulheres envolvidas no ativismo político com ameaças e exclusão dos programas sociais, segundo um relatório sobre direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), de 5 de julho de 2019. As mulheres e jovens detidas pelo regime foram submetidas a tortura e violência sexual.
A dramática situação da saúde na Venezuela, incluindo escassez de medicamentos e apagões de energia, está fazendo com que milhares de mulheres venezuelanas grávidas fujam para o exterior para dar à luz. De acordo com relatórios divulgados na imprensa, 25.000 bebês venezuelanos nasceram na Colômbia desde 2015.
A migração é perigosa e difícil e põe os bebês em gestação em risco de nascerem prematuros ou com pouco peso. No entanto, as possibilidades de morrerem são ainda maiores para as grávidas e seus bebês em gestação que permanecem na Venezuela. Segundo estatísticas do governo venezuelano citadas pela Agência da ONU para Refugiados, a mortalidade materna na Venezuela teve um aumento de 65 por cento entre 2015 e 2016. Naquele mesmo período, a mortalidade infantil nos primeiros seis dias de vida aumentou 53 por cento.
Depois do nascimento dos bebês, as mães venezuelanas lutam para obter assistência médica, leite para recém-nascidos e fraldas.
As condições econômicas e de segurança da Venezuela também expõem as mulheres e jovens à violência sexual, tráfico de pessoas e outros tipos de exploração, tanto internamente como em outros países. Os traficantes de pessoas exploram vítimas nacionais e estrangeiras na Venezuela, bem como vítimas venezuelanas no exterior, segundo o relatório Tráfico de Pessoas de 2019 do Departamento de Estado dos EUA. Os refugiados venezuelanos e outras pessoas desalojadas são forçados a correr atrás de assistência médica, educação e outros serviços públicos, na luta para cuidar de suas famílias.
Em resposta a essa situação, os EUA doaram mais de US$ 376 milhões para ajudar a amenizar a crise regional venezuelana, incluindo aproximadamente US$ 334 milhões em ajuda humanitária e US$ 43 milhões em assistência econômica e para o desenvolvimento, desde o início do ano fiscal de 2017.