Cerca de 2.000 homens e mulheres das forças navais do Brasil, Colômbia, Equador, Espanha, Estados Unidos, México, Panamá e Peru participaram de uma simulação de desastre natural na Colômbia, que se baseou principalmente em um exercício de resposta a um furacão de categoria 5.
O exercício, chamado Solidarex 2023, foi executado por 12 navios de guerra, sete grupos de busca e resgate urbano, seis grupos de mergulho, quatro helicópteros, três grupos de atendimento pré-hospitalar e duas unidades de reação rápida de guarda-costas.
“Vocês observaram importantes atividades de resgate no mar, bem como o resgate urbano em áreas colapsadas. Também simulamos exercícios de resgate de navios afundados, resgate de pessoas no mar e também fizemos um importante exercício de emergências com materiais perigosos e simulamos derramamentos de óleo”, disse à Voz da América (VOA) o Almirante de Esquadra Francisco Cubides, comandante da Marinha da Colômbia.
Ele acrescentou que “tudo isso foi no âmbito de uma situação simulada que pode ser provocada no caso de um furacão ou de um tsunami”.
Com o desenvolvimento desse fenômeno meteorológico, Ramond Kutnick, médico do Exército dos EUA, disse à VOA que com a “simulação” desses desastres naturais, como furacões de categoria 5, eles “procuram” agir em tempo hábil.
“No final do dia, estamos sempre tentando ser mais competentes e oferecer o melhor nível de atendimento possível às vítimas e aos nossos pacientes em geral. Portanto, sempre que tivermos a oportunidade de praticar isso em um cenário real e acrescentar diferentes variáveis, como os diversos países parceiros, e ver como eles realizam suas tarefas, bem como as técnicas médicas que empregam, será sempre um prazer para nós”, disse Kutnick.
Resgates em alto-mar com lançamentos de paraquedistas e carga, busca e resgate em áreas colapsadas e contenção de hidrocarbonetos são alguns dos exercícios que estão sendo realizados, atuando de forma integrada como uma força-tarefa multinacional de primeira resposta para desastres naturais de grande magnitude, já que esses países têm um longo histórico de desastres causados por furacões, tempestades tropicais e inundações associadas a esses fenômenos climáticos.
“É uma experiência totalmente nova, pois não tivemos a oportunidade de praticar esses exercícios. Tudo o que aprendemos é tão prático, tão real”, disse à VOA o Segundo-Sargento Alan Saenz, do Corpo de Fuzileiros Navais do México.
Espera-se que, com esse tipo de exercício, mais países se integrem a esta operação, para continuar fortalecendo os laços e as experiências em casos de emergências naturais. De acordo com as Nações Unidas, a América Latina e o Caribe são a segunda região mais propensa a sofrer desastres naturais no mundo.