A Polícia Nacional da Colômbia capturou Oscar Adriano Quintero Rengifo, vulgo Guatala, conhecido como o príncipe dos semissubmersíveis, no dia 5 de fevereiro de 2021, no Valle del Cauca, informou a instituição. Esse narcotraficante tinha vínculos com o cartel mexicano Jalisco Nueva Generación e coordenava o envio de grandes carregamentos de cocaína para o México e os Estados Unidos, acrescentou o comunicado.
De acordo com as autoridades, Quintero enviava carregamentos de cocaína usando semissubmersíveis e lanchas rápidas que saíam de lugares de difícil acesso, em pontos colombianos do Pacífico. Estima-se que sua área de influência fosse Chocó e Nariño, zonas com amplos corredores de narcotráfico, informou o portal Semana.
O General de Brigada Jorge Luis Vargas, diretor da Polícia Nacional da Colômbia, disse à imprensa no dia 6 de fevereiro que esse indivíduo “tem pedido de extradição do governo dos EUA, pela Corte do Distrito Médio da Flórida, por crimes ligados ao narcotráfico”.
Com 33 anos, esse indivíduo coordenava grandes carregamentos de cocaína, utilizando as rotas marítimas dos estados de Nariño e Cauca, explicou a Polícia.
“Ele se fazia passar como empresário do ramo de transportes e esportes, cercado de luxo, excentricidades e propriedades, como estâncias, haras, ostentosos hotéis, postos de lavagem de automóveis e veículos de carga, bens que tinham um valor comercial de mais de US$ 3 milhões”, disse o Gen de Bda Vargas ao jornal colombiano El Espectador, no dia 5 de fevereiro. “Além de coordenar o envio de substâncias ilícitas, ele também era encarregado dos lucros criminosos da organização e da lavagem de dinheiro, o que fazia através de empresas prestadoras de serviços a instituições de futebol”, acrescentou.
Consultado pela Diálogo sobre a utilização de semissubmersíveis pelo narcotráfico, o Contra-Almirante da Marinha José David Espitia Jiménez, comandante da 72ª Força-Tarefa Contra o Narcotráfico Poseidón, disse que “o narcotráfico passou a utilizar os semissubmersíveis porque eles são capazes de transportar uma quantidade maior de entorpecentes, principalmente de cloridrato de cocaína, e de levar a carga de forma mais segura. Já encontramos até 8 toneladas em seu interior”.
O C Alte Espitia disse que a pandemia da COVID-19 foi responsável pelo aumento da utilização dessas embarcações para o narcotráfico, embora sejam meios de transporte com um alto nível de risco para os tripulantes, acrescentou.
“Até a presente data, já interceptamos sete semissubmersíveis e lanchas de baixo perfil. Totalizamos mais de 11 toneladas apreendidas das dissidências das FARC e de [outras] organizações do crime transnacional”, disse o C Alte Espitia.