Uma pesquisa intitulada O que pensam na América Latina sobre a União Europeia? revelou que a China e a Rússia lideram o ranking da imagem negativa entre os participantes da investigação, que foi realizada pelo pesquisador da opinião pública Latinobarómetro, a pedido da Fundação alemã Friedrich Ebert Stiftung e da revista Nueva Sociedad/Grupo Diálogo y Paz, sediada em Buenos Aires, Argentina. Apenas 19 por cento das pessoas entrevistadas veem a China de uma forma positiva. A Rússia pontuou ainda menos, com apenas 17 por cento.
No outro extremo, os Estados Unidos e a União Europeia, especialmente a Alemanha, têm posições proeminentes e conquistam as melhores opiniões entre as pessoas entrevistadas. Os Estados Unidos têm uma imagem 47 por cento positiva e a Alemanha tem 43 por cento, diz o site de notícias Infobae da Argentina.
Brasil e Uruguai expressaram a maior rejeição
O México e a Bolívia são os países que melhor classificam a Rússia e a China, mas em nenhum deles alcançam 30 por cento; e os entrevistados do Brasil e do Uruguai são os que expressaram maior rejeição, segundo o site de notícias American Chronicles. A pesquisa abordou aspectos como democracia, modelo de desenvolvimento e influência econômica, e foi baseada em uma amostra representativa da população de 10 países latino-americanos (com uma representatividade média de 87 por cento). As cotas foram consideradas por sexo, idade, escolaridade, estrato social e região, nas 1.200 entrevistas realizadas por país. A coleta de dados foi feita através de uma pesquisa online a adultos com educação secundária ou superior, em espanhol e português, de acordo com American Chronicles.
Atlântico Norte
Na América Latina, a democracia está associada com os principais países do Atlântico Norte. Em uma escala de 1 a 10, onde 1 é “não é uma democracia” e 10 é uma “democracia plena”, os Estados Unidos e a França obtiveram 7,7, a Alemanha 7,5, a Rússia 5,1 e a China apenas 4 pontos, diz o site de notícias Prudent Press Agency. Os modelos de desenvolvimento apresentam um cenário semelhante, com os modelos preferidos sendo provenientes do ocidente: 44 por cento escolheram os Estados Unidos, 41 por cento a Alemanha, 31 por cento o Japão, 29 por cento a China e 15 por cento a Rússia. E, se for tomado apenas o contexto europeu, a Alemanha foi a escolhida com mais de 41 por cento, de acordo com a mesma fonte.