Pilotos do 104º Esquadrão de Caças da Guarda Nacional Aérea de Maryland viajaram recentemente para a Base Aérea de Campo Grande, na maior cidade do estado de Mato Grosso do Sul, para ajudar a Guarda Nacional Aérea de Nova York (NYANG) a treinar com seu parceiro, o Brasil.
O Exercício Tapio é um exercício brasileiro de busca e resgate de combate e apoio aéreo próximo, que se estendeu até 31 de agosto.
O Tenente-Coronel Daniel Griffin e o Major Eric Calvey, da Força Aérea dos EUA, ambos pilotos do A-10C Thunderbolt II, designados ao 104º Esquadrão de Caças, viajaram para o Brasil para treinar com seus pilotos de A-1 e A-29.
“Nosso papel era o de concentrar-nos em ajudar seus pilotos com os aspectos táticos de apoio aéreo próximo e combate de busca e resgate”, disse o Ten Cel Griffin. “Não estávamos apenas voando com eles no banco de trás de suas aeronaves, mas também estávamos informando e dando instruções para eles. Quando tínhamos um dia sem voo, estávamos na sala de aula ensinando matérias acadêmicas.”
Este ano representa a segunda vez em que a NYANG participou do exercício, enquanto que é a primeira vez para os pilotos de caças de Maryland.
“Trabalhamos muito com a 106ª Ala de Resgate em Long Island, e a Força Aérea Brasileira solicitou aos pilotos de A-10 que viessem e lhes ensinassem o que sabemos”, disse o Ten Cel Griffin. “Como já tínhamos esse relacionamento contínuo com a ANG de Nova York, estávamos muito entusiasmados em ajudar e emprestar nossa experiência.”
O Programa de Parceria do Estado tem construído com sucesso relacionamentos mutuamente benéficos há quase 30 anos e inclui 85 parcerias com 93 nações em todo o mundo. Todas as 54 Guardas Nacionais estaduais e territoriais participam do programa.
“Este é um exemplo perfeito de quão versátil pode ser o Programa de Parceria Estatal”, disse o Major Harrison Bittenbender, do Exército dos EUA, diretor do Programa de Parceria Estatal da Guarda Nacional de Maryland. “Nessa situação, a Guarda Nacional de Nova York não tinha uma unidade ou recurso específico, então eles buscaram nossa ajuda. Foi uma grande oportunidade para nós exportarmos nossa expertise para um novo Comando Combatente e mostrar, quando necessário, que a Guarda Nacional encontrará onde existe uma capacidade entre as 54 unidades, para ajudar nossos parceiros internacionais.”
O intercâmbio bilateral de informações permitiu ao Ten Cel Griffin e ao Maj Calvey ver quais os obstáculos que os pilotos brasileiros têm que superar, fornecer informações e discutir as diferenças quanto às aeronaves, equipamentos e treinamento.
“Eles têm alguns desafios únicos de equipamento, quando se trata de busca e resgate em combate, por isso têm maneiras diferentes de realizar o trabalho, o que é um desafio, mas também uma grande oportunidade de aprendizado para nós”, disse o Ten Cel Griffin. “Acho que [a Força Aérea Brasileira] incorporou muitas técnicas diferentes que nós fornecemos, então definitivamente houve um grande treinamento em ambos os sentidos.”
O Exercício Tapio, que envolveu mais de 1.000 forças brasileiras e suas aeronaves, bem como 100 aviadores da Força Aérea dos EUA, uma aeronave HC-130J Combat King II, três helicópteros HH-60 Pave Hawk, e duas aeronaves C-17 Globemaster II, conduziu operações para aumentar a capacidade coletiva de enfrentar desafios globais complexos, combater ameaças e manter a segurança e estabilidade regionais.