Entre os dias 29 de julho e 2 de agosto de 2019, foi realizado em Medellín, Colômbia, o Terceiro Seminário Estratégico do Plano de Ação Conjunta de Segurança Regional (USCAP, em inglês). Durante o encontro, representantes da Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Honduras, Panamá, Paraguai e República Dominicana discutiram sobre os mecanismos para abordar os desafios à segurança e à prevenção do crime transnacional na América Latina. O Equador e o Paraguai são os dois novos países integrantes do USCAP.
De acordo com o Contra-Almirante (FN) do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos David G. Bellon, diretor do Gabinete de Estratégia, Planos e Políticas do Comando Sul, o mais importante é “avançar na construção de um mecanismo de decisão regional que some nossas forças como nações aliadas e facilite os resultados contra as ameaças regionais”.
Durante os cinco dias do seminário, os participantes se concentraram nas temáticas concernentes à necessidade do trabalho em equipe entre os países integrantes. Eles trabalharam em grupo para criar os critérios para a tomada de decisões que as forças militares e policiais devem assumir para enfrentar os desafios comuns, como o crime cibernético, o narcotráfico e o tráfico de armas e pessoas.
Os países integrantes do USCAP aproveitaram a oportunidade do seminário para formar um comitê de acompanhamento das conclusões do evento com os tomadores de decisão de cada país membro sobre os resultados obtidos nas questões de ciberdefesa e prevenção do crime de informática. Além disso, foi integrado o componente de direitos humanos em todas as ações a serem implementadas.
Esse componente permitirá que se incorporem os padrões internacionais comuns aos países integrantes do USCAP, com a finalidade de facilitar o planejamento e a realização de operações conjuntas e combinadas. No caso da Colômbia, esse componente é uma realidade e, através do Comando Conjunto Cibernético e do Centro Cibernético Policial, oferece assessorias aos governos do Equador, Panamá e Peru.
De acordo com a General de Brigada do Exército Nacional da Colômbia María Paulina Leguizamón, subchefe do Estado-Maior Conjunto Jurídico do Comando Geral das Forças Armadas, essas ações voltadas para os direitos humanos terão um “impacto enorme. O ideal é que as forças militares do mundo, neste caso, as desse hemisfério, tenham uma unidade conceitual fundamentada nas normas referentes ao uso da força militar e policial, o que deve ser uma garantia da legitimidade de nossa atuação sob o império da lei”.