Mark Lowcock, subsecretário geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para Assuntos Humanitários e Ajuda de Emergência, apresentou no dia 4 de dezembro de 2019, em Genebra, Suíça, a lista de necessidades prioritárias para as quais é preciso financiamento.
Na Venezuela, onde o requisito de financiamento é de US$ 1,35 bilhão para 3,8 milhões de pessoas em 2020, as necessidades são superiores aos recursos designados, disse o funcionário da ONU.
Segundo Lowcock, é necessário um “aumento substancial de assistência humanitária para os venezuelanos, para os que estão no país, e aproximadamente o dobro do valor de assistência para os que o abandonaram”, declarou.
Na Venezuela, a crise econômica reduziu a renda de muitas famílias e obrigou milhões a migrarem para outros países do mundo, mas a Colômbia recebeu o maior número de venezuelanos até agora.
Segundo cifras oficiais apresentadas pelo Gabinete de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU, o plano de assistência à Venezuela foi o que teve mais dificuldades de financiamento em 2019. No momento, apenas 25 por cento dos fundos solicitados foram obtidos, afirmou.
Em outubro de 2019, na cidade de Bruxelas, Bélgica, foi realizada a Conferência Internacional de Solidariedade com os exilados e migrantes venezuelanos, com o anúncio da arrecadação de US$ 150 milhões adicionais da União Europeia para fazer frente à crise migratória da Venezuela.
Durante o evento, a alta representante da União Europeia para Assuntos Exteriores, Federica Mogherini, explicou que “o objetivo principal não era arrecadar fundos”, mas evidenciar a grave situação migratória vivida na região latino-americana devido ao caso venezuelano.
Além da Venezuela, Iêmen, Sudão do Sul e Síria estão entre os países que necessitam ajuda humanitária. Para atendê-los, serão solicitados à comunidade internacional US$ 29 bilhões.
Uma em cada 45 pessoas do planeta precisa de comida, abrigo, cuidados médicos, proteção e outras assistências básicas para sobreviver, revela o Panorama Humanitário Mundial. Conflitos, eventos climáticos extremos e epidemias são as principais causas por trás do recorde de 168 milhões de pessoas em situação de emergência.