A tripulação do navio USCGC Stone (WMSL 758) chegou no dia 1º de março de 2021 a seu porto base de North Charleston, Carolina do Sul, após o encerramento da Operação Cruz do Sul, um exercício de patrulhamento no Atlântico Sul em apoio ao combate à pesca ilegal, não declarada e não regulamentada (INN).
Na sua viagem inaugural de teste do navio recém-incorporado, a tripulação do USCGC Stone cobriu mais de 18.250 milhas durante 68 dias. Um interesse mútuo em combater as atividades da pesca INN proporcionou a oportunidade de colaborar para a tripulação do Stone. Os integrantes interagiram com parceiros do Brasil, Guiana, Portugal e Uruguai, fortalecendo as relações e construindo a base para parcerias mais profundas no combate à atividade marítima ilícita.
“Estou extremamente orgulhoso dessa tripulação. Não foi fácil reunir uma tripulação e preparar um navio para o mar, mas fazer isso em um ambiente de COVID-19, seguido de um patrulhamento de dois meses, é realmente incrível. Enquanto estávamos no mar, nós cumprimos todos os objetivos de patrulhamento e os compromissos estratégicos com parceiros que têm as mesmas convicções. O treinamento da nossa equipe foi equilibrado com medidas para colocar em evidência as práticas da pesca ilegal no Atlântico sul. Chegamos ao nosso porto base na segunda-feira [1º de março], depois de passar quase cinco meses longe de nossas famílias, e agora teremos o tão merecido descanso”, disse o Capitão de Mar e Guerra Adam Morrison, comandante do USCGC Stone.
Mesmo antes de deixar o cais, o USCGC Stone já foi um acontecimento. Esse é o primeiro navio da Guarda Costeira dos EUA com um membro da Marinha de Portugal a bordo. O Capitão-Tenente Miguel Dias Pinheiro, piloto de helicóptero da Marinha de Portugal, se uniu à tripulação do USCGC Stone durante todo o seu patrulhamento inicial.
O CT Pinheiro atuou como observador e também linguista nas operações diárias. Além disso, ele compartilhou sua experiência de aviação náutica. Nesse patrulhamento, o USCGC Stone certificou seu deque de voo para operações de aviação e embarcou um destacamento aéreo da Estação Aérea de Houston. Sua participação nesse patrulhamento já permitiu atividades recíprocas com Portugal.
“Trabalhar com nossas nações parceiras não apenas fortaleceu nossas relações de trabalho, mas também permitiu que a tripulação do Stone realizasse evoluções de treinamento que não fazemos usualmente”, disse o Capitão de Corveta Jason McCarthey, oficial de operações do USCGC Stone.
Trabalhar com nossas nações parceiras não apenas fortaleceu nossas relações de trabalho, mas também permitiu que a tripulação do Stone realizasse evoluções de treinamento que não fazemos usualmente”, disse o Capitão de Corveta Jason McCarthey, oficial de operações do USCGC Stone.
Enquanto estávamos em trânsito para realizar as operações conjuntas ao largo da costa da Guiana, o USCGC Stone encontrou e interditou uma embarcação suspeita de narcotráfico no sul da República Dominicana. Após deter a atividade ilícita, o USCGC Stone entregou o caso ao USCGC Raymond Evans (WPC 1110), um navio de resposta rápida de Key West, Flórida, e continuou o seu patrulhamento rumo ao sul.
A equipe do USCGC Stone praticou comunicações com a Força de Defesa da Guiana durante um cenário de interdição rápida. Essa evolução requereu foco e atenção em ambos os lados do rádio.
No Brasil, a tripulação treinou comunicações e deslocamento em formação fechada, uma habilidade essencial para as operações conjuntas e combinadas. A equipe do USCGC Stone também fez apresentações para os membros da Marinha do Brasil sobre práticas e táticas marítimas policiais.
“Ter a oportunidade de trabalhar em conjunto e trocar ideias nos ajuda a sermos mais proficientes para alcançar nossos objetivos compartilhados”, disse McCarthy.
O USCGC Stone foi o primeiro navio da Guarda Costeira dos EUA a entrar no Uruguai em mais de uma década. A tripulação do navio familiarizou seus anfitriões em todas as gamas das operações e missões da Guarda Costeira, respondendo a questões técnicas e compartilhando as melhores práticas. O Uruguai demonstrou um grande interesse em outras oportunidades de intercâmbio profissional e operações conjuntas no futuro.
Os tripulantes do USCGC Stone tiveram uma oportunidade única de criar novos laços e fortalecer os fundamentos de alianças prévias face a uma crise global, e fizeram isso com engajamentos presenciais e virtuais, conscientes dos riscos envolvidos.
“Estamos muito dispostos a não apenas negociar acordos internacionais para combater a pesca INN, como fizemos com o Acordo de Medidas Estatais Portuárias. Também estamos muito solidários com o trabalho que a Guarda Costeira está fazendo para criar relacionamentos e fortalecer a efetividade operacional de todos os Estados costeiros para combater a pesca INN”, disse David Hogan, diretor interino do Escritório de Conservação Marítima, Gabinete de Oceanos e Assuntos Ambientais e Científicos Internacionais do Departamento de Estado dos EUA.
A Operação Cruz do Sul promete expandir as relações dos EUA com esses governos parceiros. Além do imediatismo da Operação Cruz do Sul, o governo dos EUA pretende que essas colaborações promovam estabilidade, segurança e prosperidade econômica regional de longo prazo.
O nome do navio homenageia o falecido Capitão de Fragata Elmer “Archie” Fowler Stone, que em 1917 se tornou o primeiro aviador da Guarda Costeira e, dois anos mais tarde, foi um dos dois pilotos a fazer um voo transatlântico bem-sucedido em um hidroavião da Marinha que pousou em Portugal.