O Exército da Guatemala apreendeu, no dia 26 de julho, mais de duas toneladas de cocaína perto da fronteira com Belize e México. O Departamento de Imigração e Controle de Aduanas dos Estados Unidos (ICE, em inglês) informou à imprensa que já investigava a aeronave desde que foi vendida, em abril de 2019.
No dia 26 de julho, “os radares de defesa da Força Aérea guatemalteca detectaram um voo ilegal e o plano de rastreio foi ativado em âmbito nacional [para] deslocar unidades especializadas das forças terrestres e localizar a aeronave”, informou à Diálogo o General de Brigada Juan Carlos Alemán Soto, ministro da Defesa Nacional da Guatemala.
Um dia antes, 25 de julho, o gabinete de Investigações de Segurança Nacional (HSI, em inglês) dos EUA em Orlando foi notificado de que a aeronave estava a caminho da Península de Yucatán, depois de ter saído da Venezuela. O HSI Orlando contactou o HSI Guatemala e a Força-Tarefa Conjunta Interagencial Sul (JIATF-S, em inglês) dos EUA para coordenar e preparar os esforços de vigilância em terra e interceptar a aeronave supostamente carregada com entorpecentes, informou o ICE em um relatório de imprensa.
Os militares guatemaltecos localizaram a aeronave no dia 26 de julho, aparentemente incendiada pelos traficantes, perto do município de El Chal, estado de Petén; ao patrulhar a região, as tropas localizaram também dois veículos incendiados, informou o jornal guatemalteco La República.
“Foram confiscadas uma pequena aeronave e 2.107 quilos de cocaína. Depois de descarregar a cocaína, os narcotraficantes tentaram enterrar a droga”, acrescentou o ICE no Twitter.
A Guatemala é utilizada como ponte pelos narcotraficantes para transportar drogas destinadas aos EUA, publicou La República. “É por isso que o Exército da Guatemala trabalha não apenas entre as instituições […], mas faz parte da segurança cooperativa da região”, disse o Gen Bda Alemán.
De acordo com o Gen Bda Alemán, a Guatemala confiscou aproximadamente 6,5 toneladas de cocaína, entre janeiro e julho de 2020.