O Grupo de Lima anunciou, no dia 2 de abril, seu apoio às propostas feitas pelos Estados Unidos e pelo presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, para a formação de um governo de transição que possa tirar a Venezuela da crise institucional, econômica e social em que se encontra.
“Apoiamos a proposta do presidente interino Juan Guaidó, feita na Assembleia Nacional da Venezuela, para constituir um governo de Emergência Nacional que inclua todos os setores políticos e sociais do país”, disse o Grupo de Lima.
O Grupo de Lima é formado por 14 países que se reuniram em diversas ocasiões para tentar promover uma mudança democrática na Venezuela e surgiu após as controvertidas eleições de maio de 2018, depois das quais tanto o Grupo de Lima quanto a Organização dos Estados Americanos (OEA) decidiram não reconhecer os resultados nem a legitimidade do regime de Nicolás Maduro.
Os países membros do Grupo de Lima são Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lúcia.
O governo de transição proposto por Washington e Guaidó “delegaria a um conselho de Estado as decisões fundamentais para garantir a assistência à emergência, mitigação da pandemia, assistência humanitária internacional e ajuda financeira internacional; aprovar as normas para a reconciliação nacional, baseadas no respeito aos direitos humanos, e para a realização de eleições gerais democráticas, com organismos eleitorais renovados e independentes e a observação internacional”, acrescentou a declaração do Grupo de Lima.
O pronunciamento aconteceu depois de Washington ter acusado Maduro de estar à frente do Cartel dos Sóis, uma organização criminosa integrada por políticos e militares venezuelanos que tentavam enriquecer com o tráfico de drogas e prejudicar os Estados Unidos, “inundando” suas ruas com drogas.