Representantes das forças navais da Costa Rica, El Salvador, Honduras, Panamá e República Dominicana participaram do primeiro simpósio internacional sobre Navios de Patrulha da Classe Defiant NCPV, realizado de 26 de fevereiro a 1º de março, na Cidade do Panamá.
O evento foi organizado pelo Serviço Nacional Aeronaval do Panamá (SENAN), patrocinado pela Embaixada dos EUA, e teve como objetivo promover o intercâmbio de experiências em áreas cruciais, como fatores logísticos e financeiros, e capacitações relacionadas aos barcos de patrulha da Classe Defiant NCPV.
A importância estratégica dessa reunião está na consolidação da cooperação entre as forças navais participantes, fortalecendo assim a segurança e a eficiência no gerenciamento dessas modernas embarcações na região.
“Esse simpósio representou uma oportunidade única de abordar os desafios comuns enfrentados pelas marinhas na operação e manutenção das embarcações de patrulha da Classe Defiant NCPV, promovendo a colaboração e o aprendizado mútuo”, relatou SENAN.
O Capitão de Mar e Guerra Christian Ceballos, chefe da Escola de Treinamento Naval do Comando Naval do SENAN do Panamá, disse à Diálogo que “o simpósio ajudou a estreitar os laços entre os colegas, fortalecer a doutrina de operações e também nos permitirá continuar a conectar-nos em múltiplas situações operacionais ou de manutenção atuais, ou que possam surgir no futuro”.
As recomendações feitas pelos participantes foram registradas na ata final do evento. Entre outras, eles propuseram a criação de um banco de dados comum, para que os navegadores dos barcos de patrulha possam trocar informações desde seus países em qualquer situação ou complicação, disse o CMG Ceballos.
Ele acrescentou que, como essa embarcação foi projetada para essa região, o intercâmbio dessas informações ajudará a orientar o desenvolvimento de futuras embarcações e a padronizar suas capacidades.
Por outro lado, o CMG Ceballos destacou a importância de realizar reuniões periódicas anuais ou bianuais, nas quais todos os países que possuem esse tipo de embarcação tenham a oportunidade de participar. “Ainda estamos aguardando a confirmação, que virá nos próximos meses, sobre se a iniciativa será realizada em outras latitudes ou se será realizada novamente no Panamá.”
“O que é certo é que essas experiências nos ajudam a promover capacitações em nível regional, o que nos permite aprender e compartilhar essas experiências e levar o evento a um nível de capacitação formal, a fim de replicá-lo da maneira mais eficiente dentro de nossas respectivas forças”, explicou.
Operação Mercury VI
Por outro lado, o governo do Panamá anunciou a celebração da Operação Mercúrio VI, um exercício humanitário em que mais de 60 comunidades e aproximadamente 11.000 pessoas da região indígena Ngäbe Buglé foram beneficiadas com assistência humanitária, substituição de salas de aula e infraestrutura. A operação foi realizada de 26 de fevereiro a 8 de março.
Nesta edição de 2024, uma das missões do exercício foi o transporte aéreo de 27 estruturas modulares do Ministério da Educação (Meduca), para substituir salas de aula antigas em escolas/fazendas em comunidades da região de Ngäbe Buglé, beneficiando mais de 3.000 alunos.
O ministro do Governo do Panamá, Roger Tejada, informou que “por meio da integração da Força Pública e da cooperação internacional da Força-Tarefa Conjunta Bravo [JTF-Bravo], do Comando Sul dos Estados Unidos [SOUTHCOM], também foi prestada assistência humanitária a 23 comunidades indígenas de difícil acesso na região de Ngäbe Buglé, com a transferência de 23,5 toneladas de materiais para a construção de salas de aula modulares e outros equipamentos, como parte do exercício humanitário”.
O exercício foi apoiado por 84 unidades da JTF-Bravo com seis helicópteros de grande capacidade de carga; dois CH-47 Chinook; e quatro UH-60 Blackhawk. A operação envolveu forças aéreas, navais e terrestres da Força Pública e a participação de mais de 132 unidades que coordenaram a logística, de acordo com o Ministério do Governo em seu site.
O Ministério da Saúde acrescentou que essas comunidades também se beneficiaram com serviços médicos prestados por esse Ministério, em coordenação com 14 profissionais médicos da JTF-Bravo, que realizaram oito visitas de saúde para oferecer cuidados primários de saúde, vacinação, programas de nutrição, planejamento familiar e optometria, bem como a instalação de um sistema de água e esgoto, que fornecerá à comunidade água potável e melhor saneamento.
Nesse trabalho humanitário, o SENAN, a Polícia Nacional, o Serviço Nacional de Fronteiras, o Sistema Nacional de Proteção Civil e o Instituto de Marketing Agropecuário coordenaram suas operações com a JTF-Bravo.