No final de agosto, durante uma operação conjunta, a Marinha da Colômbia, o Exército e a Polícia Nacional interceptaram um semissubmersível que transportava mais de 1 tonelada de cloridrato de cocaína, na costa do Pacífico do estado de Nariño. No mesmo dia, no município de Tumaco, do mesmo estado, as forças de segurança encontraram um narcolaboratório com quase 1,5 tonelada de cloridrato de cocaína, informou o Comando-Geral das Forças Militares (CGFM) da Colômbia, em um comunicado.
“Eles [a Polícia] tiveram conhecimento de que um artefato naval tipo semissubmersível […] partiria com destino à costa mexicana; imediatamente, com uma aeronave de inteligência e unidades de Guarda-Costas [da Marinha], iniciaram a busca por essa embarcação, que foi localizada a 47 milhas da costa”, disse à Diálogo o Contra-Almirante da Marinha da Colômbia Hernando Enrique Mattos Dager, comandante da 72ª Força-Tarefa contra o Narcotráfico Poseidón.
O semissubmersível era tripulado por três equatorianos e nele as unidades da Marinha encontraram 26 pacotes contendo 1.030 quilos de cloridrato de cocaína, informou o CGFM.
Entre os dias 1º de janeiro e 31 de agosto, a Marinha apreendeu 27 semissubmersíveis no Pacífico colombiano, declarou o C Alte Mattos, acrescentando que foram encontradas mais de 30 toneladas de cloridrato de cocaína a bordo.
A operação na qual foi encontrado um narcolaboratório com nove estruturas rústicas, com capacidade de produção de 1 tonelada semanal de cloridrato de cocaína, de acordo com o CGFM, foi realizada de forma paralela. “Foi uma operação conjunta, onde tropas tanto do Exército como da Marinha entraram uns pela via fluvial e outros por helicóptero em um local onde havia um cristalizador para a produção final de cloridrato de cocaína”, informou o C Alte Mattos.
Em uma região de selva, as autoridades encontraram 1.496 kg de cloridrato de cocaína e 658 kg de pasta base de coca, além de outros elementos para a fabricação do narcótico, relatou o CGFM em um comunicado.
“Foi encontrada uma grande quantidade de insumos líquidos e sólidos, mas, principalmente, o produto do cloridrato de cocaína obtido na etapa final, onde só faltava terminar a secagem nos fornos micro-ondas e a prensagem, que são as duas últimas fases”, explicou o C Alte Mattos.
As estruturas atingidas por esses golpes, de acordo com o oficial, pertencem aos grupos 30 e Oliver Sinisterra, ambos dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.