No dia 10 de agosto, a encarregada de Negócios da Embaixada dos EUA no Uruguai, Jennifer Savage, entregou uma doação de mais de US$ 2,6 milhões para as missões de paz do Exército do Uruguai. Trata-se de 21 bloqueadores de sinais de rádio que previnem ataques com dispositivos explosivos ativados remotamente. A doação foi realizada com recursos do programa de Iniciativa Global de Operações de Paz (GPOI, em inglês), do Departamento de Estado dos EUA.
O Exército recebeu os dispositivos inibidores de sinal jammers do Comando Sul dos EUA (SOUTHCOM), durante uma cerimônia realizada no Batalhão de Apoio e Serviços de Comunicações Nº 2.
“Antes da cerimônia, recebemos a visita de uma delegação de instrutores técnicos dos EUA e da República da Bulgária, que realizaram a instrução para esses equipamentos, denominada operação e instalação de inibidores de frequência”, informou o Exército do Uruguai em um comunicado.
A doação se soma a outras entregas que serão realizadas nos próximos meses, as quais incluem lanchas interceptadoras, veículos, peças de reposição para aeronaves e um helicóptero Bell 212 Twin Huey, informou o portal de defesa e segurança Infodefensa.com.
“É fundamental para a proteção de nossas tropas, principalmente em circunstâncias nas quais a ameaça tem capacidade de operar dispositivos explosivos improvisados à distância; com os jammers impede-se a ativação remota, o que salva vidas”, disse à Diálogo o Coronel Pedro Gómez, do Exército do Uruguai, subchefe do Departamento de Comunicação Institucional do Exército.
O oficial acrescentou que os inibidores serão utilizados sob o requisito estabelecido no Memorando de Entendimento da missão de paz da Força das Nações Unidas de Observação da Separação nas Colinas de Golã, Síria, onde o Uruguai tem mais de uma centena de boinas azuis destacados.
“O seu uso mais comum é gerado sobre os sinais de radiofrequência das tecnologias celulares, mas podem afetar qualquer tipo de tecnologia que opere em suas bandas de funcionamento”, disse o Cel Gómez.
Por sua vez, Savage ressaltou a importância do equipamento para a segurança dos boinas azuis. “Mais de 140 profissionais de missões de paz foram vítimas desse tipo de ataques remotos em todo o mundo. Queremos garantir que nenhum uruguaio entre para essa trágica lista”, concluiu.