O Coronel Rodrigo Peñaherrera, do Exército do Equador, serve no Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas do Equador como oficial de Operações da Força-Tarefa Conjunta Esmeraldas. Esta força foi criada no início de junho de 2022, para apoiar a Polícia Nacional no combate ao narcotráfico na província de Esmeraldas, na fronteira com a Colômbia. O Cel Peñaherrera foi enviado a San Antonio, Texas, como o oficial de patente mais alta do Equador, para participar do exercício multinacional anual PANAMAX. O Cel Peñaherrera fez uma pausa em suas funções como chefe de Assuntos Civis no exercício, para falar com Diálogo.
Diálogo: Como o senhor compara os assuntos civis-militares do Equador com os que realizam os Estados Unidos?
Coronel Rodrigo Peñaherrera, do Exército do Equador: A estrutura que os EUA administram aqui não é similar à nossa. Eles administram o Departamento de Assuntos Civis de forma independente, enquanto nós administramos o Departamento de Assuntos Civis dentro do que é Pessoal. Então, dentro do Pessoal, também gerenciamos a Saúde, que em muitas situações aqui é tratada individualmente. Também temos menos organizações – que aqui são chamadas de Js e são nove, e no Equador chamamos de Cs e são apenas quatro –, e fazemos parte da Diretoria de Operações de Informação, que também cuida da defesa cibernética.
Diálogo: Quais são os benefícios para o Equador de participar deste exercício?
Cel Peñaherrera: Os benefícios são muitos, porque aqui, além de estarmos no exercício, podemos trocar experiências com os militares de outros países participantes e, com base em suas experiências, analisar o que é útil para nós e o que podemos aplicar em nosso país. Da mesma forma, minhas experiências podem ser-lhes úteis, talvez como ponto de referência, para que, se tal situação surgir em seu país, talvez possam resolvê-la de forma semelhante à que nós fizemos.
Diálogo: Na sua opinião, qual foi a principal lição aprendida aqui neste exercício?
Cel Peñaherrera: Penso que em nosso país temos que fazer certas mudanças em nossa doutrina, para adaptarmos à doutrina que os Estados Unidos têm. Talvez, quando chegarmos a este tipo de exercício, já possamos identificar-nos com o tipo de trabalho que é feito aqui, porque todas as mudanças geram coisas positivas e, se é para o bem do país e para o bem da instituição, por que não fazê-lo? Porque aqui a organização não é a mesma, mas se eu vier com uma organização similar no futuro, isso me facilitará o desempenho.
Portanto, é muito enriquecedor para nós continuarmos participando deste tipo de exercícios. Ganhamos experiência, conhecemos as experiências dos outros países e vemos o que poderíamos implementar ou melhorar em nosso país.