As Forças Militares da Colômbia continuam sua ofensiva contra o narcotráfico e o crime organizado. Em meados de setembro, em duas operações realizadas no Pacífico colombiano, tropas do Exército Nacional e da Marinha da Colômbia apreenderam quase 3 toneladas de cloridrato de cocaína pertencentes a um grupo dissidente das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e ao grupo criminoso Clã do Golfo.
Durante a primeira operação, realizada no município de Suárez, departamento de Cauca, unidades do Exército localizaram um laboratório de processamento de drogas e encontraram mais de 1.500 quilos de cloridrato de cocaína e 250 kg de pasta base de coca, informou o Exército em um comunicado. “Nesse lugar, que pertencia ao grupo armado residual organizado Jaime Martínez, encontraram 1.511 kg deste alcaloide, disse à imprensa o General de Brigada Raúl Vargas Idárraga, do Exército Nacional da Colômbia, comandante da Terceira Divisão.
Além das drogas, o laboratório continha 1.855 litros de insumos líquidos, mais de 1.400 kg de insumos sólidos, 500 kg de folha de coca, bem como vários equipamentos para processar as drogas, informou o Exército. O complexo tinha a capacidade de produzir 10 toneladas de cloridrato de cocaína e 1 tonelada de pasta base de coca por mês, acrescentou o Exército.

No decorrer de 2022, até 12 de outubro, o Exército conseguiu golpear o grupo criminoso Jaime Martínez no departamento de Cauca, com a apreensão de 1.709 kg de cocaína, 1.321 kg de pasta base de coca, 622 kg de maconha e a destruição de cinco laboratórios. As autoridades também capturaram 60 membros das dissidências das FARC e apreenderam 76 armas e munições de diferentes calibres, disse à Diálogo a Terceira Divisão do Exército.
Nos manguezais
A segunda operação, realizada pela Marinha da Colômbia, ocorreu na zona costeira do município de Juradó, departamento de Chocó. “Em uma operação naval com a inteligência da Marinha Nacional e a participação do Exército Nacional, […] foi possível afetar as estruturas de crimes múltiplos, especialmente o Clã do Golfo, com a apreensão de aproximadamente 1.450 kg de cloridrato de cocaína”, explicou à imprensa o Contra-Almirante Carlos Alberto Serrano Guzmán, da Marinha da Colômbia, comandante da Força Naval do Pacífico.
A cocaína estava escondida na área de manguezal. “Neste caso, conseguimos afetar o Clã do Golfo, impedindo o retorno de US$ 50 milhões, que é o valor do estoque”, disse o C Alte Serrano.
No decorrer do ano, até o início de outubro, a Marinha da Colômbia apreendeu mais de 15 toneladas de drogas pertencentes ao Clã do Golfo no Pacífico colombiano, disse a força naval.
Em entrevista à Reuters, em 10 de outubro, o ministro da Defesa da Colômbia, Iván Velázquez, enfatizou que as forças de segurança continuarão a realizar as ações necessárias para reprimir o narcotráfico, junto com os planos para avançar nas negociações com grupos guerrilheiros, como os dissidentes das FARC e o Exército de Libertação Nacional. Velázquez também indicou que os Estados Unidos continuarão a ser o principal aliado da Colômbia na luta contra o narcotráfico.