O cerco militar aos líderes de grupos de criminosos na Colômbia continua produzindo resultados positivos. O Clã do Golfo sofreu duros golpes em suas estruturas.
No dia 24 de março de 2021, o ministro da Defesa da Colômbia Diego Molano anunciou uma operação simultânea que permitiu a captura de 25 membros do Clã do Golfo no estado de Chocó. Os criminosos foram surpreendidos em suas residências, na via pública e em áreas rurais e urbanas do país.
De acordo com a Marinha Nacional da Colômbia, os presos seriam responsáveis pelo tráfico de mais de 13 toneladas de cocaína para Honduras, Costa Rica e Panamá, em 19 movimentos de tráfico de entorpecentes.

Em outra operação realizada no dia 17 de março, a Polícia Nacional informou que, em coordenação com autoridades norte-americanas, capturou no estado de Antióquia Nini Jhoana Úsuga, conhecida como La Negra, chefe das finanças e irmã do indivíduo conhecido como Otoniel, líder do Clã do Golfo.
A Polícia explicou que essa mulher era encarregada de manejar as finanças ilícitas provenientes do narcotráfico e da lavagem de dinheiro. “Por seus laços sanguíneos, ela era uma das integrantes do grupo criminoso mais próximas de Otoniel”, enfatizou a Polícia.
O General de Brigada Jorge Luis Vargas, diretor da Polícia Nacional, disse no Twitter que essa captura “evidencia a força da operação Agamenón, cujo objetivo é localizar Otoniel”. La Negra tem pedido de extradição pela Corte do Distrito Sul da Flórida por narcotráfico.
Outro golpe contra o Clã do Golfo ocorreu no dia 13 de março em Puerto Gaitán-Meta, com a captura de Rubén D. Meléndez, conhecido como Porrón, um dos principais líderes do Clã do Golfo. Entre os crimes a ele imputados estão homicídio, fabricação e tráfico de drogas, porte e posse de armas de fogo, explicou o Gen Bda Vargas.
No dia 11 de março, em outra operação, foi capturado o indivíduo conhecido como Martin Boyaco, no município de El Retorno. Boyaco seria o encarregado de entregar armas e material logístico a Iván Mordisco, líder de um grupo dissidente das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, informou a Força Aérea da Colômbia. “Esse indivíduo estava encarregado das extorsões e de todas as finanças do crime, especialmente no estado de Guaviare. Ele tinha notificação azul da Interpol e era procurado em 194 países”, acrescentou o General de Brigada da Polícia Fernando Murillo, diretor de Investigação Criminal e Interpol.