Duas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) – um KC-390 Millennium e um VC-99B Legacy – chegaram a Brasília hoje, 10 de março, com 68 passageiros que deixaram a Ucrânia. A Operação Repatriação, do governo federal, garantiu a segurança de brasileiros e estrangeiros que estavam naquele país e promoveu a cooperação humanitária, com o transporte de 11,6 toneladas de produtos doados pelo Brasil. O esforço contou com a participação conjunta dos ministérios da Justiça e Segurança Pública, Defesa, Relações Exteriores, Infraestrutura, Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Saúde.
Os passageiros, que embarcaram na aeronave em Varsóvia, capital da Polônia, no início da noite do dia 9 de março, pousaram na capital federal no dia seguinte, às 12h25. Na ocasião, foram recepcionados pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, acompanhado da comitiva interministerial que contou com a presença do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, na Base Aérea de Brasília. Ao todo, foram 43 brasileiros (12 menores), 19 ucranianos (três menores), cinco argentinos (um menor), um colombiano e 10 animais de estimação.
Operação Repatriação
A missão de repatriação teve início no dia 7 de março, com a decolagem de uma aeronave KC-390 Millennium, que partiu de Brasília para Varsóvia. Durante o percurso de ida e de volta, ocorreram paradas técnicas em Recife, Brasil, na Ilha do Sal, Cabo Verde, e em Lisboa, Portugal.
No mesmo voo, foram transportadas 11,6 toneladas de doações, atendendo à solicitação do governo ucraniano. A ajuda humanitária incluiu 50 purificadores de água, em torno de 9 toneladas de alimentos desidratados de alto teor nutritivo e meia tonelada de insumos essenciais e itens médicos, doados pelo Ministério da Saúde do Brasil.
Tradição das Forças Armadas
A doutrina militar conceitua a atual ação como “operações de recuperação de nacionais”. O preparo e o emprego dos militares em ações dessa natureza, assim como outras de caráter de ajuda humanitária, é uma tradição no histórico das Forças Armadas brasileiras, que estiveram presentes no Líbano (2006 e 2020); em Wuhan, na China (2020); e no Haiti (2021).