As operações das Forças Militares da Colômbia contra o Clã do Golfo, o maior grupo armado organizado da Colômbia, continuam a produzir resultados positivos. Entre as últimas realizações, está a captura de Gustavo Adolfo Gregorio de Jesús Gómez Rodríguez, conhecido como Arcángel, el Gali, ou el Compadre, o principal líder da comissão norte Caribe do Clã do Golfo.
A operação, realizada em meados de julho,com o apoio da Procuradoria Geral da República, ocorreu na cidade de Barranquilla, departamento do Atlántico, após um ano e meio de trabalho de inteligência militar. Junto com o vulgoArcángel, as autoridades capturaram vulgo la Viuda, vulgo Nicolás e vulgo el Rolo, que seriam os coordenadores das rotas de narcotráfico e micro tráfico da estrutura na região, informou o Exército Nacional da Colômbia.
“Esta captura [do vulgo Arcángel], junto com outras quatro, é muito importante,porque neutraliza suas intenções de controlar as principais rotas de narcotráfico para o norte do país, bem como as vendas criminosas que pretendem fazer em nossas cidades e em nossos municípios”, disse à imprensa o General de Brigada Gerardo Melo Barrera, do Exército Nacional da Colômbia, comandante da Primeira Divisão.
Vulgo Arcángel, de 53 anos, fazia parte do Clã do Golfo desde 2012 e presumivelmenterealizava assassinatos seletivos, cobranças de extorsões e gerenciamento de rotas donarcotráfico no exterior e nos departamentos de Magdalena, Atlántico e La Guajira, disse o Exército em um comunicado. Como chefe da comissão financeira, ele teria a principal responsabilidade de gerar as economias ilícitas para esta organização, tornando-o o principal líder da organização criminosa naregião norte do Caribe, informou à Diálogo a Segunda Brigada do Exército Nacional.
Por sua vez, vulgo La Viuda seriaresponsável por coordenar a venda de entorpecentes nas universidades de Barranquilla e era a ligação com organizações criminosas estrangeiras para o envio de drogas ao exterior.
A operação foi realizada no âmbito da campanha militar e policial Condor, lançada no final de 2021 contra o grupo armado. Até agora durante esta campanha, as autoridadesefetuaram 791 capturas, 400 incursões, 45 neutralizações e 1.858 bens apreendidos, de acordo com informações fornecidas àDiálogo pela Direção de Investigação Criminal e INTERPOL (DIJIN), da Polícia Nacional. Sob esta campanha, as autoridades também apreenderam 46 granadas, 292 armas diversas, 488 celulares, pesos colombianos equivalentes a US$ 613.700 e destruíram dois laboratórios, em 402 operações.
“Este ano já tivemos mais de 25 extradições [de membros do Clã do Golfo], mas se falarmos dos últimos quatro anos, houve mais de 300 extradições”, disse o General de Exército Fernando Murillo, diretor da DIJIN da Polícia Nacional, em 27 de julho, no programa de televisão colombiano Pregunta Yamid. “Todos esses resultados são os que levam esta organização a decidir que comecem a atacar a força pública, mas não é só o Clã do Golfo, é a terceirização com o crime comum, com os criminosos urbanos que também estão gerando esta afetação.”
Em retaliação às conquistas da força pública contra eles, o Clã do Golfo lançou um plano pistola, uma estratégia para assassinar membros da força pública, da qual até agora este ano foram mortos 36 membros. “Este é um plano terrorista desses criminosos, não só contra a força pública, mas também contra a comunidade; é por isso que estamos enfrentando esta situação hoje, saindo em patrulha, com todos os riscos envolvidos, realizando mais inteligência, mais investigação criminal, e atendendo a comunidade”, disse o Gen Ex Murillo.