Proteger as águas territoriais marítimas de Honduras no Mar do Caribe e no Oceano Atlântico é a missão do Capitão de Mar e Guerra Paulo Antonio Rodríguez, comandante da Força Naval de Honduras (FNH). Para conseguir isso, o CMG Rodriguez está trabalhando com seu pessoal para fortalecer sua frota naval, treinamento, capacitação e operações conjuntas de interdição.
O CMG Rodríguez reuniu-se com Diálogo para conversar sobre sua missão militar.
Diálogo: A FNH, no âmbito da Força de Segurança Interinstitucional Nacional (FUSINA), mantém patrulhas marítimas para neutralizar grupos criminosos organizados. Como são realizadas estas operações?
CMG Rodríguez: Realizamos estas operações diariamente. Mantemos as unidades de superfície maiores, como a guarda costeira, e as unidades de superfície menores, que são as unidades de resposta rápida, as 24 horas do dia, os 7 dias da semana, de modo que estamos sempre prontos para garantir que essas embarcações possam fornecer essa proteção marítima e impedir e dissuadir a entrada de embarcações envolvidas em atividades ilegais. É isso que nossa força faz; estamos sempre alerta, comprometidos e realizando nossas tarefas 100 por cento.
Diálogo: Que benefícios trouxe a doação do navio patrulha marítima Metal Shark Defiant 85 para a luta de Honduras contra o narcotráfico, no âmbito do programa de cooperação naval que Honduras tem com os Estados Unidos?
CMG Rodríguez: Somos gratos ao nosso comandante geral pois, através de sua gestão e boas relações com o governo dos EUA, Honduras foi beneficiada, nossas Forças Armadas e, portanto, nossa Força Naval. Com esta embarcação de alta tecnologia, estamos reforçando nossa presença no Mar do Caribe, onde atualmente temos escudos terrestres, marítimos e aéreos. O que esta embarcação doada faz é assegurar e fortalecer os espaços que nossas embarcações podem cobrir; se antes cobríamos, por exemplo, um espaço, agora cobrimos dois espaços; então isto assegurará todo o espectro marítimo e sempre impedirá a entrada de embarcações de qualquer tipo que se envolvam em atividades ilícitas. Também recebemos apoio de equipamentos de última geração, que estão sendo utilizados no desenvolvimento das operações que realizamos. Por exemplo, em julho, tivemos uma retenção e interdição de 324 quilos de suposta cocaína, que foram colocados à disposição das autoridades competentes. Isto se deve à boa comunicação e informação dos EUA com outras agências internacionais aqui no país, e estamos sempre na vanguarda do cumprimento das normas.
Diálogo: O Cadete do segundo ano da Academia Naval de Honduras, Carlos Antonio Zavala Baide, recebeu uma bolsa de estudos para estudar na Academia da Guarda Costeira dos EUA por quatro anos. Como essas oportunidades fortalecem as capacidades da FNH?
CMG Rodriguez: Ao longo da história, os Estados Unidos sempre forneceram este tipo de assistência educacional. Eu entrei para a FNH em 1983, conheci vários oficiais, que já estão aposentados, que se formaram nas academias dos EUA e, com o passar do tempo, as ameaças mudaram. Agora é o caso da cibersegurança, que é um ponto muito importante atualmente, onde este oficial vem absorver todo este acúmulo de conhecimento para vir e aplicá-lo aqui e para que os outros oficiais sejam multiplicadores desta informação; assim, isto nos ajuda a garantir a operacionalidade e o cumprimento da missão.
Diálogo: Honduras pertence aos países do Triângulo Norte. Como estão integradas as forças navais nessa área para combater as ameaças?
CMG Rodríguez: No âmbito da Conferência das Forças Armadas da América Central (CFAC), temos o Triângulo Norte – Guatemala, El Salvador, Honduras –, com patrulhas combinadas com Guatemala, El Salvador e Nicarágua no Oceano Pacífico. Isto nos dá confiança nesta área onde sabemos que as autoridades militares destes diferentes países estão conectadas conosco. Somos uma equipe única, uma força única e por isso estaremos sempre firmes, presentes e comprometidos na luta contra o narcotráfico e outras ameaças transnacionais. Também temos uma enorme responsabilidade para com nossa população neste período, precisamente nestes meses de outubro e novembro, quando, além das ameaças tradicionais, há a temporada de furacões, onde alertamos, como países da região, para fortalecer ou apoiar um país que é afetado por algum tipo de furacão.
Para ver a entrevista completa com o Capitão de Mar e Guerra Paulo Antonio Rodríguez, comandante da Força Naval de Honduras (FNH), clique no seguinte link: https://dialogo-americas.com/pt-br/articles/uma-conversa-com-o-capitao-paulo-antonio-rodriguez/#.YyMypnZByUk