Após a captura do chefe do Clã do Golfo Dairo Antonio Úsuga, conhecido como Otoniel, no dia 23 de outubro de 2021, as forças de segurança da Colômbia se concentram agora em desarticular completamente o grupo criminoso, informou a Polícia Nacional da Colômbia (PNC), no dia 3 de novembro.
O Clã do Golfo tem conexões para enviar cocaína a 28 países em quatro continentes, em uma aliança com cinco cartéis e máfias internacionais: no México, os cartéis de Jalisco Nova Geração e Sinaloa; na Europa, as máfias Calabresa e Siciliana e narcotraficantes de Los Balcanes, essas últimas encarregadas também de abastecer países do Oriente Médio, garante a PNC.
A Polícia calcula que essa organização narcotraficante controla 12 por cento dos cultivos ilícitos nos estados de Antioquia, Nariño, Norte de Santander, Bolívar, Córdoba e Chocó.
Golpes contundentes
As constantes operações das autoridades contra o Clã do Golfo enfraqueceram consideravelmente a organização. “Ao todo, [desde 2016] já foram capturados 110 narcotraficantes e líderes vinculados ao clã”, afirma a PNC.
No transcurso da perseguição ao indivíduo conhecido como Otoniel, “foram apreendidas aproximadamente 450 toneladas [de cocaína] na Colômbia, em águas internacionais, na América Central, nos Estados Unidos e na Europa”, disse à agência EFE o General de Exército Jorge Luis Vargas, diretor da PNC, no dia 3 de novembro.
Plano frustrado
“O Clã do Golfo estava tentando abrir um caminho por Catatumbo, Norte de Santander, em conexão com a Venezuela. Depois da captura de vulgo Otoniel, foi frustrado esse plano de expansão que buscava chegar às pistas aéreas venezuelanas e enviar as drogas até os Estados Unidos e a Europa”, declarou o ministro colombiano da Defesa, Diego Molano, à Voz da América, no dia 5 de novembro.
No estado de Chocó, 15 líderes e mais de 70 membros do Clã do Golfo decidiram abandonar a vida do crime, deixar de pôr em risco suas vidas e as de seus familiares, e aproveitar as oportunidades que o governo lhes oferece na legalidade, publicou no Twitter o Ministério da Defesa.
Vulgo Otoniel está prestes a ser extraditado para os Estados Unidos, onde é procurado pelos tribunais da Flórida e de Nova York por crimes federais de narcotráfico, informou a Procuradoria da Colômbia.