Assédio. Prisões. Isso é o que o governo de Maduro faz aos seus opositores na Assembleia Nacional da Venezuela, a única instituição democrática sobrevivente no país.
No dia 13 de janeiro de 2019, o Serviço Bolivariano de Inteligência (SEBIN) do regime prendeu e deteve o presidente interino Juan Guaidó. Quando os Estados Unidos e a comunidade internacional, incluindo a Organização dos Estados Americanos, rapidamente condenaram o ato, Guaidó foi libertado.
Que outros nomes do governo foram assediados ou detidos por Maduro? Foram 67 deputados da Assembleia, segundo a Analítica de Caracas. Isso representa quase dois terços do bloco oposicionista legitimamente eleito, cujos membros denunciam assédio, detenção ou coisas piores.
Às vezes o regime de Maduro vai mais além do assédio e da detenção e parte diretamente para a tortura. Como exemplo, existe o caso do deputado popular de Caracas Gilber Caro, detido várias vezes pelo serviço de inteligência de Maduro. Caro foi vítima de tortura por parte do SEBIN e as rações de alimentos que recebia o deixaram à beira da inanição. Caro foi preso novamente em abril e não foi visto desde então. Seu advogado o considera “desaparecido”.
Outros parlamentares eleitos pelo povo venezuelano foram forçados a buscar refúgio em embaixadas estrangeiras: o deputado Freddy Guevara no Chile, o deputado Americo de Grazia na Itália e o deputado Franco Manuel Casella no México. O deputado Richard Blanco é atualmente “hóspede” do embaixador da Argentina. Uma dezena de outros colegas da Assembleia Nacional fugiram para os países vizinhos.
Em maio, o regime de Maduro prendeu o primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional, Édgar Zambrano. Ele permanece sob custódia.
O secretário de Estado dos EUA Mike Pompeo considerou a prisão ilegal de Zambrano “uma agressão à independência do bloco legislativo democraticamente eleito [da Venezuela]”. Em uma entrevista, Pompeo disse: “Nossa função é continuar dando apoio aos partidários de Juan Guaidó.”