Em duas operações, as forças de segurança do Uruguai impediram a saída de mais de 1,5 tonelada de cocaína e desarticularam uma quadrilha criminosa dedicada ao narcotráfico em várias partes do país.
No dia 29 de março, o ministro do Interior do Uruguai, Jorge Larrañaga, divulgou os resultados da Operação Árabe, que possibilitou desmontar uma quadrilha criminosa que utilizava como fachada a exploração de produção agropecuária para suas atividades de narcotráfico. Membros das forças policiais, com o apoio da Marinha Nacional, realizaram 18 incursões nos estados de Montevidéu, Canelones, Rio Negro, Rivera e Artigas, onde apreenderam mais de 600 quilos de cocaína e capturaram 15 membros de uma quadrilha criminosa composta por nacionalidades brasileira, cubana, paraguaia e uruguaia, explicou o ministro Larrañaga.
Além da droga, as autoridades apreenderam mais de US$ 100.000 em espécie, várias armas, oito veículos, um trator e uma lancha, de acordo com um comunicado do Ministério do Interior.
Segundo o portal de notícias uruguaio Montevideo, Larrañaga disse que uma hipótese seria que a droga estivesse entrando no país em pequenas aeronaves, a partir das quais eles lançavam tijolos de cocaína em um campo, para que fossem levados à zona litorânea do Uruguai, e que presume-se que a lancha era utilizada para transportar a droga até um barco em alto mar com destino à Europa.
“Institucionalmente, essa é uma mensagem muito forte, porque foi dado um importantíssimo golpe contra o narcotráfico”, disse o ministro. “Não queremos que o Uruguai seja um país de destino nem de trânsito de drogas.”
Em meados de março, a Direção Geral de Repressão do Tráfico Ilícito de Drogas do Ministério do Interior e a Polícia Nacional apreenderam 953 kg de cocaína em Montevidéu. A droga estava camuflada no interior de veículos zero quilômetro que tinham saído do Porto de Montevidéu e foi confiscada quando os veículos chegaram à sua planta industrial de destino, informou o jornal uruguaio El País.
A apreensão ocorreu graças à informação que as autoridades receberam sobre a existência de pacotes com drogas escondidos em vários veículos provenientes do Brasil e que já estavam em território uruguaio, informou o portal Montevideo.
Segundo a InSight Crime, uma organização especializada em crime organizado na América Latina, o Porto de Montevidéu é cada vez mais utilizado pelas redes transnacionais de narcotráfico como ponte para o mercado europeu de cocaína.