A Polícia Nacional do Equador desferiu um golpe contra o crime organizado, ao apreender mais de 8 toneladas de cocaína no dia 17 de janeiro de 2022, no âmbito da Operação Grande Impacto I, na província de Guayas. A operação foi realizada por agentes da Unidade Nacional de Inteligência Antinarcóticos com Coordenação Europeia.
Graças à informação de inteligência, as autoridades se dirigiram a dois imóveis localizados nos cantões Isidro Ayora e Salitre, província de Guayas, supostamente usados como centros de armazenamento pelo narcotráfico, afirmou o jornal equatoriano El Comercio. Devido à sua localização estratégica, essas propriedades “forneciam instalações para a contaminação de substâncias sujeitas à fiscalização em contêineres com destino a mercados da Europa”, informou a Polícia em um comunicado.
Ao chegarem na área, as autoridades encontraram várias pessoas que manipulavam objetos dentro de um veículo, as quais fugiram ao perceberem a presença dos agentes. A perseguição levou à interceptação dos criminosos perto dos imóveis e à inspeção do veículo, onde encontraram caixas de madeira contendo 448 pacotes de cocaína.
Quando chegaram à primeira propriedade, os agentes encontraram um compartimento oculto com 498 pacotes de cocaína. Na segunda propriedade, encontraram 5.000 pacotes com cocaína. Ao todo, a Polícia e a Procuradoria contabilizaram 8.187 kg de cocaína, detalhou o comunicado.
Três cidadãos equatorianos e um colombiano foram detidos por porte, transporte e posse de drogas, e duas armas de fogo e telefones celulares foram confiscados, acrescentou.
Em uma entrevista coletiva, o General de Exército Fausto Buenaño, chefe do Comando da Zona 8 da Polícia Nacional, explicou que essas gangues alugam propriedades em conjuntos habitacionais de classe média para esconder drogas.
“Em 2021, o Equador bateu um recorde de apreensões de drogas, atingindo 210 toneladas, das quais 96 foram encontradas em Guayaquil, epicentro da crescente criminalidade no país, que levou o governo a decretar estado de exceção para combater a insegurança”, destacou no dia 18 de janeiro o portal equatoriano Expreso.