A Secretaria Nacional Antidrogas (SENAD) do Paraguai e a Polícia Federal (PF) do Brasil destruíram quase 2.000 toneladas de maconha na Operação Nova Aliança XXV, que durou duas semanas e terminou no dia 31 de março de 2021, na região de Pedro Juan Caballero.
“Foram erradicados 635 hectares de cultivos de maconha e destruídas mais de 23 toneladas da droga pronta”, disse a SENAD em um comunicado. “Ao todo, foram retiradas de circulação 1.928 toneladas de cannabis”, explicou a SENAD.
Com o apoio de helicópteros da Força Aérea do Paraguai e da PF do Brasil, os agentes antidrogas entraram em áreas de bosques que ocultam as plantações ilícitas.
“Durante os 15 dias [de operação], foram feitas incursões nos setores do narcotráfico em zonas pertencentes a Cerro Kuatiá, Alpasa e Bella Vista Norte, no estado de Amambay”, informou o jornal paraguaio Hoy.
Os agentes destruíram 104 acampamentos narcotraficantes no local, completou o Hoy.
Cooperação SENAD-PF
A 25ª etapa da Operação Nova Aliança foi realizada em um momento de especial cooperação entre as forças de segurança paraguaias e brasileiras.
No dia 29 de março, os agentes da SENAD e da PF capturaram, no Brasil, o cidadão paraguaio Jorge Teófilo Samudio, conhecido como Samura, apontado como um dos principais narcotraficantes do Paraguai.
“O preso liderava uma organização criminosa paraguaia que tinha fortes conexões com uma facção brasileira que opera no Rio de Janeiro e é responsável pelo envio de grandes carregamentos de cocaína para o Brasil”, informou a PF.
Segundo a ministra da SENAD, Zully Rolón, as forças especiais dos dois países realizaram 177 operações conjuntas em sete anos de cooperação, com 6.939 quilos de cocaína confiscados e 48.420 kg de maconha erradicados.
“São sete anos de uma bem-sucedida cooperação bilateral. Acredito que nossos procedimentos tiveram êxito”, afirmou Rolón em uma entrevista coletiva no dia 19 de abril, após uma reunião com o presidente do Paraguai, Mario Abdo, e com o embaixador do Brasil no Paraguai, Flávio Soares Damico.
As operações levaram à detenção de 277 pessoas e à expulsão de 16 brasileiros com ordem de prisão em seu país, explicou Rolón em declarações divulgadas pelo jornal paraguaio La Nación.