O tráfico de drogas que entra e sai da Venezuela aumentou mais de 50 por cento com Nicolás Maduro, disse uma alta autoridade militar dos Estados Unidos para assuntos do Caribe e das Américas Central e do Sul, em 14 de novembro de 2019, ao denunciar vínculos do governante com o crime organizado.
O Almirante de Esquadra da Marinha dos EUA Craig S. Faller, comandante do Comando Sul dos EUA, disse que Maduro, que está no poder desde 2013, favoreceu a atividade de narcotraficantes e criminosos e deu refúgio a “grupos terroristas”, os quais acusou de “desestabilizarem” a região.
“Estamos vendo um aumento do tráfico de drogas a partir da Venezuela, apoiado e incitado pelo regime ilegítimo de Maduro”, disse o Alte Esq Faller, ao inaugurar a Conferência de Segurança de Nações Caribenhas em Miami.
“Na realidade, o regime de Maduro tem um impacto negativo sobre todos os aspectos de segurança neste hemisfério. Todos os desafios se agravaram devido à crise venezuelana”, acrescentou.
Em declarações aos jornalistas, o Alte Esq Faller disse que o governo de Maduro, cuja autoridade não é reconhecida pelos Estados Unidos, enriqueceu à custa do tráfico de drogas.
“Há um aumento de mais de 50 por cento do narcotráfico dentro e através da Venezuela, e Maduro e seus comparsas estão enchendo os bolsos em conivência com o tráfico de drogas”, afirmou, sem especificar o período de tempo desse aumento.
O Alte Esq Faller disse que “grupos terroristas”, como a guerrilha colombiana do Exército de Libertação Nacional e dissidências das extintas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, que não aderiram ao processo de paz de 2016 na Colômbia, “encontram refúgio na Venezuela.”
A partir de lá, “podem operar para ameaçar e desestabilizar a região, ameaçando os bons vizinhos e as democracias como a Colômbia”, declarou.
O Tesouro dos EUA impôs sanções a 27 entidades e 22 indivíduos por narcotráfico vinculado à Venezuela, entre eles o ex-vice-presidente Tareck el Aissami, o ex-chefe de inteligência financeira Pedro Luis Martín e o empresário Walid Makled.