Em operações combinadas e com a cooperação das Forças Armadas e da inteligência dos Estados Unidos, autoridades da Colômbia, Costa Rica e Panamá combatem o narcotráfico.
Costa Rica em alerta
De acordo com Michael Soto, ministro da Segurança Pública da Costa Rica, em uma operação combinada realizada no dia 15 de abril, o Serviço de Vigilância Aérea da Costa Rica e o Esquadrão Tático de Interdição de Helicópteros da Guarda Costeira dos EUA interceptaram uma embarcação nas águas internacionais do Oceano Pacífico que transportava 771 quilos de cocaína avaliada em US$ 29 milhões.
Além disso, disse Soto, em cooperação com os Estados Unidos, a Costa Rica apreendeu 35,45 toneladas métricas combinadas de cocaína e maconha, em 2018, e 45,7 toneladas métricas de cocaína e maconha, em 2019, fazendo com que seu país seja um dos mais eficientes quanto à interdição de drogas ilícitas na região.
Panamá contra o narcotráfico
No Panamá, Jorge Miranda, diretor-geral da Polícia Nacional, entregou o balanço das operações de março, onde especificou 80 operações contra o narcotráfico de pequena escala, 306 invasões e o confisco de 16.000 pastilhas de êxtase.
A esse balanço se acrescenta a operação realizada no dia 13 de abril pelo Serviço Nacional Aeronaval, com o apoio da Guarda Costeira dos EUA, onde foi confiscada uma tonelada métrica de cocaína em uma lancha de alta velocidade perto da Ilha Tigre, na comarca indígena de Guna Yala, ao nordeste da Cidade do Panamá, na costa caribenha do Panamá.
Segundo a Direção Antidrogas da Polícia Nacional do Panamá, de janeiro de 2019 a 19 de abril de 2020, as autoridades panamenhas confiscaram 86 toneladas métricas de cocaína e 22 toneladas métricas de maconha e detiveram 56 indivíduos vinculados ao narcotráfico, 10 por cento dos quais eram estrangeiros.
Colômbia desfere um duro golpe
No dia 15 de abril, a Força-Tarefa Vulcano do Exército da Colômbia, a 1ª Brigada Contra o Narcotráfico e a Aviação do Exército da Colômbia localizaram no município de Tibú, no estado de Norte de Santander, um laboratório para o processamento de cloridrato de cocaína, formado por seis estruturas e um centro de coleta, onde encontraram uma tonelada do alcaloide.
“Isso abala a estrutura financeira do 33º Grupo Armado Organizado (GAO) Residual das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia”, disse à Diálogo o General de Brigada do Exército da Colômbia Olveiro Pérez Mahecha, comandante da Força-Tarefa Vulcano.
No dia 12 de abril, em outras operações nos municípios de Tibú e Teorama, o Exército informou que uma brigada da Segunda Divisão localizou três construções usadas para o processamento de pasta base de coca e armazenamento de petróleo bruto roubado, pertencentes ao GAO Exército de Libertação Nacional, uma organização designada como terrorista pelos Estados Unidos. No mês de março, os militares desmantelaram 14 laboratórios ilegais no estado de Guaviare. Em 2020, já foram destruídos 66 laboratórios no país, diz o relatório do Exército.
O Exército intensificou também as operações contra a mineração ilegal. No dia 14 de abril, a Sétima Divisão do Exército desmantelou uma unidade de exploração ilícita de jazidas de mineração pertencentes ao GAO Clã do Golfo, localizada no município de Dabeida, no estado de Antióquia. No local, os militares destruíram duas dragas, cinco motores e uma escavadeira, informaram as Forças Militares.