A Marinha do Equador divulgou o resultado de uma operação que foi produto da colaboração binacional, depois de receber informação de inteligência por parte da Marinha da Colômbia, para interditar uma lancha rápida suspeita no Oceano Pacífico.
“Um total de 1.157 pacotes em forma de tijolo, cada um pesando 1 quilo, com substâncias sujeitas a fiscalização, além de uma embarcação, três motores e três cidadãos equatorianos, foi o resultado das operações marítimas na zona econômica exclusiva continental realizadas pela Marinha do Equador, em coordenação com a Marinha da Colômbia”, informou a Marinha do Equador no seu site, no dia 9 de setembro de 2020.
Os militares equatorianos abriram o piso falso da embarcação com machados para retirar os pacotes, onde também encontraram mantimentos e água engarrafada que serviriam para alimentar os tripulantes durante a viagem até a América Central, que duraria cerca de sete dias, informou o jornal equatoriano El Universo, no dia 10 de setembro.
“As operações combinadas entre a Colômbia e o Equador são permanentes, graças a uma dinâmica constante de encontros bilaterais, onde são revisados e desenvolvidos os protocolos e estratégias de luta contra o narcotráfico”, acrescentou o Comando-Geral das Forças Militares da Colômbia (CGFM). Os dois países compartilham 580 quilômetros de fronteira.
Por outro lado, no dia 11 de setembro, na Colômbia, “unidades da Estação de Guarda-Costas de Tumaco realizaram uma interdição marítima, detectando uma lancha que se deslocava em alta velocidade na área geral de Majagual, em Tumaco”, informou à imprensa o CGFM. “Após a perseguição, a lancha motorizada foi interceptada a 46 milhas náuticas a noroeste da costa de Nariño.”
Os militares colombianos descobriram um fundo duplo na embarcação, onde encontraram 1.158 pacotes retangulares prensados e embalados, que pesavam 1.146 kg e testaram positivo para cloridrato de cocaína, informou a CGFM. Foram detidos três tripulantes na operação e confiscaram uma boia de georreferenciamento e 270 galões de combustível, disseram os militares, que atribuíram a propriedade do produto ao grupo criminoso Guerrilhas Unidas do Pacífico, uma dissidência das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.
“Apenas na Colômbia, de janeiro a agosto, a Força Naval do Pacífico apreendeu mais de 120 toneladas de cocaína e quase 35 toneladas de maconha, totalizando aproximadamente 155 toneladas de narcóticos”, disse à Diálogo o Contra-Almirante da Marinha Nacional da Colômbia John Fabio Giraldo Gallo, comandante da Força Naval do Pacífico.