O regime de Nicolás Maduro anunciou no dia 3 de julho de 2021 a lista dos oficiais que seriam promovidos às patentes de generais, contra-almirantes e vice-almirantes.
“A Força Armada Nacional anunciou as promoções de mais de 3.000 oficiais e 12.000 soldados profissionais de todas as patentes e hierarquias. Também informaram sobre a promoção de 168 coronéis e 15 capitães de mar e guerra”, publicou o jornal digital Venezuela redinformativa. “No dia 2 de julho, foram promovidos 552 oficiais da Guarda de Honra Presidencial e da Direção Geral de Contrainteligência Militar. No dia 5 de julho, realiza-se o último lote, entre os quais se destacam 30 generais de brigada do Exército e 23 contra-almirantes”, informou o portal.
De acordo com o artigo 331 da Constituição Bolivariana da Venezuela, as promoções militares são conquistadas por mérito, nível de hierarquia e vacância; são competências exclusivas da Força Armada Nacional e serão regulamentadas pela respectiva legislação.
“Atualmente, não há possibilidade alguma na Venezuela de se exercer controle constitucional sobre essas promoções militares, porque, apesar de estarem exclusivamente sob a jurisdição da Força Armada Nacional, claramente a maioria dos integrantes militares vêm sendo promovidos por sua lealdade à revolução, e não por mérito e desempenho militar”, disse ao jornal El Carabobeño a especialista em segurança e defesa Rocío San Miguel, presidente da ONG venezuelana Controle Cidadão, no dia 4 de julho.
Entre as promoções militares de Maduro em 2021, consta a nomeação do General de Brigada Félix Ramón Osorio Guzmán como comandante geral do Exército, o qual já foi indicado no passado em várias acusações de corrupção, entre outras, na compra de alimentos deteriorados, ressalta o jornal venezuelano El Nacional.
“Osorio esteve no comando do Ministério da Alimentação em dois períodos: de 2008 a 2010, durante o mandato de Hugo Chávez, e de 2013 a 2014 com Maduro. Durante sua primeira gestão, foram encontrados 65 contêineres com alimentos como frango, leite e grãos em estado de putrefação. Foi relatado que o valor dos alimentos estragados alcançou US$ 4,4 milhões”, publicou o portal de notícias venezuelano Noticiascandela. A mesma história de alimentos deteriorados se repetiu em 2010. Naquele ano, a quantidade de comida estragada chegou a 116.000 toneladas, acrescentou o jornal digital venezuelano Maduradas.