No dia 25 de junho, os Estados Unidos acusaram o regime de Nicolás Maduro e o governo cubano de participar do tráfico de pessoas, segundo um relatório apresentado pelo Departamento de Estado dos EUA.
Em uma entrevista coletiva, o secretário de Estado dos EUA Mike Pompeu disse que Cuba força aproximadamente 50.000 médicos a suportarem condições de exploração, através do programa da Unidade de Cooperação Médica.
“Eles são a fonte número um de recursos do regime”, disse o diplomata, enfatizando que os médicos se encontram em mais de 60 países.
De acordo com o relatório, 75 por cento da força de trabalho cubana que está no exterior são profissionais médicos e, por seu trabalho, o governo de Cuba recolhe entre US$ 6 e 8 bilhões de dólares por ano.
Os trabalhadores “só recebem uma parte do seu salário”, entre 5 e 25 por cento, e os fundos são retidos em contas bancárias na ilha, que são eliminadas caso a pessoa abandone o programa das missões médicas, explica o informe.
O relatório, publicado anualmente, classifica os países em três categorias, sendo a terceira a mais baixa, de acordo com o trabalho que os governos fazem para combater o tráfico de pessoas. Os países incluídos nessa categoria só podem receber ajuda humanitária por parte dos EUA.
Além de Cuba, Nicarágua e Venezuela são os outros dois países da região que receberam a classificação mais baixa.
Quanto à Venezuela, o relatório afirma que funcionários do regime de Nicolás Maduro colaboram com grupos armados ilegais, como as dissidências das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia e o Exército de Libertação Nacional, para recrutar menores como combatentes, “informantes e escravos sexuais”.
Devido à crise que o país vem enfrentando, que já obrigou quase 4 milhões de venezuelanos a abandonarem o país, os migrantes são especialmente suscetíveis de cair nas redes de traficantes, garantiu o Departamento de Estado.
“Os traficantes de pessoas exploram as vítimas nacionais e estrangeiras na Venezuela e também exploram as vítimas venezuelanas no exterior”, diz o relatório.
O secretário de Estado denunciou que há mais de “25 milhões de adultos e crianças” em todo mundo que sofrem exploração de trabalho e sexual.