Grupos do crime organizado, gangues urbanas, assaltantes e ladrões comuns estão ameaçando a segurança no Equador, informou Voz da América.
Para enfrentar esses criminosos, desde aprimeira semana de junho, o governo do Equador destacou 4.500 membros de suas forças de segurança em sua fronteira com a Colômbia, para integrar a Força–Tarefa Conjunta Esmeraldas, com 2.100 militares,2.400 policiais, bem como representantes do Serviço Nacional de Aduana e da Procuradoria Geral do Estado.
“Queremos levar a luta contra essas ameaças às fronteiras. Isto aliviará a luta interna e o trabalho da Polícia Nacional”, disse o ministro da Defesa do Equador, Luis Lara Jaramillo. “Nós, soldados, estamos mais unidos do que nunca e comprometidos com a luta pela pátria. Esta é uma batalha pelas famílias equatorianas.”
Após essa convocação, a Força–Tarefa Conjunta Esmeraldas intensificou suas operações para controlar armas, munições e explosivos, juntamente com a Polícia Nacional, na província de Esmeraldas, informou o portal equatoriano Saeta TV Esmeraldas, em 15 de junho de 2022.
O aumento dos agentes de segurança na fronteira com a Colômbia tem como propósito defender a soberania do Equador,diante das ameaças do narcotráfico e do crime organizado transnacional, disse Lara Jaramillo. Entre as tarefas a serem realizadas estão os patrulhamentos em massa e o apoio a outras instituições responsáveis pela segurança e pela ordem, informa o site da Força Aérea do Equador.
“Contamos com o forte apoio do governo nacional para fortalecer a capacidade operacional, fechar a lacuna tecnológica, obter armas e meios de transporte para enfrentar as ameaças de grupos armados irregulares, narcotráfico, mineração ilegal e tráfico de pessoas”, enfatizou Lara Jaramillo.
Em 30 de maio, o presidente do Equador,Guillermo Lasso, anunciou desde Quito que seu país havia entrado em uma “guerra contra o narcotráfico e a criminalidade, e a única opção é vencê-la para proteger a vida das crianças e jovens equatorianos”.
Esmeraldas
A Força–Tarefa Conjunta Esmeraldas tem uma estrutura operacional com um comando unificado, para realizar trabalhos de investigação e inteligência e para romper as ações preparadas pelas gangues do crime organizado, disse o ministro do Interior,Patricio Carrillo Rosero.
A força combinada destacada em Esmeraldas terá que enfrentar diversas circunstâncias, como o recrutamento de jovens, consumo de substâncias e criminosos de colarinho branco, revelou Rosero. “Cabe a nós agirmos unidos agora; com um Estado fragmentado, não podemos enfrentar a delinquência e o crime organizado”, ressaltou.
Estado de emergência
A província de Esmeraldas, juntamente com Manabí e Guayas, está desde o final de abril em estado de emergência, decretado pelo governo de Lasso, devido à crescente violência na região.
“Em Esmeraldas, enfrentamos crimes de tráfico de armas, contrabando, narcotráfico e venda ilegal de hidrocarbonetos, entre outros. Também enfrentamos uma parte da população que protege os criminosos e se acostumou com esse modo de vida”, disse à rede de televisão equatoriana Teleamazonaso comandante da Polícia da subárea de Esmeraldas, Javier Buitrón Flores. “Lamento os níveis de insegurança em Esmeraldas, onde houve 202 mortes violentas nos últimos cinco meses.”
A sociedade civil precisa se sentir segura e o governo está implementando três eixos para conseguir isso: a ajuda dos municípios para trabalhar na prevenção dos delitos e da violência; a luta da polícia e do Exército no combate ao crime organizado nas ruas, com a ajuda da sociedade; e o processo de reabilitação do sistema penitenciário, escreve Voz de América.
“Peço uma ampla unidade da sociedade equatoriana para lutar contra o único inimigo, que é o crime. Com a segurança de um povo não se brinca nem se faz política; para a segurança, trabalha-se em coordenação sobre quaisquer diferenças”, concluiu Lasso, em sua conta no Twitter.